terça-feira, 5 de julho de 2011

A pulseira de Chandigarh

Leitores, não é de hoje que comecei uma nova tradição aqui na Índia, decidi após ter coletado duas que todas as próximas cidades as quais passaria iria coletar uma nova pulseira, o motivo? Ter a história de minha viagem nos meus braços e as lembranças seguem a mesma lógica.

Não é de agora que penso que desde que comecei minha busca não adquiri pulseira sequer dessa cidade que é meu lar, tarefa não fácil pois tudo que se encontra aqui são pulseiras altamente "Girly". As únicas pulseiras que os homens usam são feitas de prata e religiosas, quase todas vem de Amritsar, cidade aonde está situado o Golden Temple e a Borda com o Pakistão, cidade que por acaso ainda não visitei.

Não pensava que tarefa fácil seria quando fui em conjunto com Allison e Willian para a polícia federal fazer o registro deles na cidade (e isso deve ser feito antes do 15o dia ou você paga uma taxa de 2000 rupias) então pegamos meio dia livre do trabalho e fomos para o Police Headquarter, prédio antigo no setor 9, setor vizinho ao setor 17 que por sua vez faz fronteira com o setor 22, local do que mais se parece a 25 de março de Chandigarh.

Registro feito, fomos andando para encontrar o mercado do setor 22 (e você só encontra essa informação na parte de trás do Banner de boas vindas, exatamente como o letreiro do numero de ônibus de São Paulo, dá tempo de você pensar, fudeu!) fechado, mas a viagem não foi em vão, algumas lojas não estavam fechadas o que nos deu motivo (e a oportunidade) de andar pelas ruelas vazias (que normalmente cheias) e ver os detalhes das instalações elétricas. Encontrei finalmente, atada a um poste, em frente a uma barraca de sapatos aberta contendo apenas um vendedor entediado, ela, a pulseira que tanto procurava, ninguém mais em volta, decidi que essa seria uma oportunidade de ouro, mas ainda estava tímido, não se sabe se era religioso ou não ou se tinha significado ou não fui até a saída do complexo ate decidir que eu achei essa pulseira como essa pulseira me achou, voltei.

"Hello, my name is Gustavo and I'm from Brazil. I'm collecting bracelets from Índia. Do You think there's a problem of taking this bracelet for me? Are you sure?"


O vendedor entediado só me deu duas balancadas de cabeça, a primeira afirmativa e a segunda negativa. Subi no poste, desatei o nó da pulseira e pedi ajuda de Allison para ata-la ao meu braço.

Da esquerda para a direita: Chandigarh, Menina de Mauricios, Tailandia, McLeod Ganj, Menina da China e Goa

Espero a todos uma ótima semana,
Até a próxima.
Gu (Ancient) Tcha (Researcher) em Chines!
=)



quarta-feira, 11 de maio de 2011

Goa, lagoa, magoa? Não, apenas maresia!

Galeres, Galeras, Galeros, finalmente encontrei a inspiração, pelo menos uma parte dela, pra escrever finalmente sobre o começo de minha viagem pra Goa, a primeira parte que compreende a viagem de Chandigarh para Goa (e suas 42 horas de espera) e nossos primeiros dias em Goa, Palolem Beach e sua Silent Party, a meu ver, insana...
Palolem Beach... sooo south!

Bom, saímos de Chandigarh sexta a noite, sim, a mesma sexta que rolou a festa de despedida de Iliada, sim, a minha amiga, grega e vivendo no setor 51. A festa rolou tranquila, tive tempo de chegar e beber algumas cervejas antes de começarmos a jogar o jogo que muitas pessoas crêem ser uma febre mundial, 21 (vinte-um), e não rapaziada, não é um jogo de baralho. Bom, isso não vem ao caso, o caso que vem é que nos despedimos de todos e partimos sentido rodoviaria do setor 17 aonde pegariamos o Volvo-Bus para Delhi, detalhe, ar condicionado não mais que no máximo pois não dava e seis horas de viagem, além de um pedido leve e original de ficar gripado. Bom, chegando em Delhi, era esperado esperarmos seis horas até o momento do check-in, eu disse 42 horas de espera? Agora você imagina como estava entediante lá! ahahaha Jogamos rodadas de Skip-Bo, que é um jogo tipo Uno, alemão, e advinha, eu sou uma droga! UMA DROGA? Sim... e como odeio perder depois de um tempo decidi nunca mais jogar esse jogo na minha vida, sem bateria no Ipod para fazer algo mais interessante fui ao banheiro, eis que recebo um lição de moral (vide abaixo) durante o pipi-moment, também conhecida com.. momento de dar um mijão (e desculpa, não falo essas palavras a mais de 3 meses, então me perdoem!). Tirei a maquina de lustrar sapatos da tomada para carregar meu Ipod pensando "claaaro, todo mundo lustra sapatos na maquina no aeroporto.. é exatamente pra isso que eu venho aqui.." e advinha, as pessoas começaram a realmente reclamar com os funcionários do aeroporto que a maquina não estava funcionando, nessa hora lembrei a palavra, muquia, e foi assim que tirei meu carregador e fingi que nada aconteceu! A carga foi suficiente para finalmente finalizar SPORE! (Chupa joguinho chato!)
Sobre o urinol!
Subitamente um funcionário do metro se aproxima durante o ultimo jogo de Skip-Bo (e eu estava perdendo obviamente) e pergunta-nos: "Qual é o seu destino?" Goa! "Qual é a Companhia Aérea?" Goair! Ahh, eu já falei lá, vocês podem fazer o check-in. PORR... o cara é um místico ou o que? Só sei que foi a melhor desculpa para acabar o jogo com o velho e bom, a gente acaba depois, isso nunca funcionou no WAR, agora imagina no Skip-Bo? hahaha Pior: O Cara estava certo.. check-in estava disponivel três horas antes do horário.
Janka ficando famosa para meus milhões de amigos Brasileiros!
Comemos no KFC pois a fome era grande e depois fomos comprar tickets pra Tailandia! QUE? Sim, estou indo pra Tailandia rapaziada, fim do mês!  Então após acessarmos o site mais complicado do mundo... o da Air Asia, estavamos com as passagens compradas e só perdemos duas horas fazendo isso, bom, fazer o que.. hora de pegar o avião e partir pra onde o bicho pega, Goa!

E assim foi, três horas na aeronave e milhares de piadas sobre acidentes de avião depois, chegamos a um calor, não tão quente (aqui está 43 graus), em uma cidade Indiana, mas nem tanto, e bem tropical, e nem tão pouco!

Pegamos um taxi do aeroporto e rumamos sul sentido Palolem Beach, Aka, uma das praias mais sensacionais que já vi, se puder falar, o criador deu ctrl+c ctrl+v nas praias do brasil, usou um pouco de photoshop e ainda disse que era plagio! Sim, a praia era sensacional, areia branca, ondas zero, agua quente (e refrescante) e hoteis e restaurantes baratos, e nossa primeira tarde foi assim, praia, praia, praia... praia, jantar, e depois fomos para a Silent Disco! SIM! é só uma balada, sem música, você recebe headphones na entrada e consegue escolher um entre três DJ´s, de rock  tecno minimalista sendo discotecada na hora, show de pirografia e pirofagia (desencana a pirografia) e outras coisas a la teatro mágico. Sensacional ver as pessoas dançando musicas diferente juntas! Não ah quem não curta pelo menos a vista. Quatro e meia era a hora quando já não mais bebado voltei para o albergue e dormi, isso antes (ou seria depois) de decidirmos ficarmos mais um dia na cidade e curtir a praia.
Cachaça de Cajú? Huuummm.. dilicia!
No próximo post contarei como foi nossa saída de Palolem para Anjuna passando por Panjim, mas isso fica pra semana que vem, ou quem sabe amanhã, só depende de mim achar a inspiração nas coisas da transpiração.

Beijos para quem quer beijos, abraços para quem quer abraços e muita muitas muita felicidade.
O seu anfitrião, Gutcha! Katz! Ou o apelido q não vai pegar na Índia, Mr. G (insanidades de um indiano chamado Sachin!)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Epic B-Day Party!!! or, Full-Moon Party!!!

Hello guys and girls, brothers and sisters, someone that maybe I really don´t know and everyone else!
This is the first topic written exclusively in english, the non-informed reader (YEAH, YOU!) will ask me, "why  english?" and the answer is that I want everyone of my Brazilian (and I know that you all are english experts) and also my international friends to read and understand this really special post.

If you´re the one that think having a birthday party away from you family is a bad thing I guess you´re some kind correct, but what I lived in my birthday was totally amazing and started midnight, to tell the truth a little before midnight, 17th of april. Me and Jose went to 51 to spend some time with the girls, Jose wanted to speak with Iliada (greek, and not geek (RCJ = Really crap joke)) and I was just wanting to go somewhere else than my own house. We took the Bike, took some noodles in the market and came there. My night was just watching trailers and sharing some useless knowledge in youtube movies like: David after dentist, Brother and Sister dental Odissey, Leprechaum in Alabama, Driven with Salvia and others.

Little before midnight the sounds coming from the room that was Jose, Iliada and Natalias strangely stop, but I was too much "concentrated" (read sleepy) to think something was about to happen like: "Happy B-Day to you.. Happy B-day to you... " With a candle, bottle of Colombian Cachaça and Some candys, it was an amazing moments, no words to really describe. It was one of the situations that someone really asked me what I was felling and I had no words, for 30 seconds. We all drunk some Aguardiente and went to bed, and that was my first B-day of the day.

Morning of monday (after waking up Laura gave me a brace very cool), just come back home and find Janka and Cathy at the couch preparing to go to work. Of course I was needing a shower and that was what I made, before reading (yeah) more than 30 of the loads of facebook messages with congrats (and loads I mean more than 200). Work was normal, some guys just congratulated me as I arrive but the funniest part was when Ashima sent an coletive e-mail about my birthday and everyone in a moment was just watching me, strange sensation... Feel myself like a puppy dog. At six thirty I went to the conference room to take some cake... with my face, yeah! It´s an Indian tradition, they give you some cake in the mouth and pass the rest in the face, I don´t know what that really means but my face was De.Lici.ous! And after this my hear and after this my neck, it was not time yet to go home when this was over and I still worked half hour with my face oiled after some cat shower (banho de gato?) in the toilet.

Riding my cycle home, arrived, take a shower, shaved... my face, and people didn´t arrived yet. I just said that my party was about to start at 20h german hour, 20h30 brazilian time, 21h10 Indian time (and this was really the time when the first guest arrived) and 23h50 in Kasol time (after wasted of course). We started early with the strong drinks and the first bottle to go was Mr. Samra lost bottle at our fridge (for some reason he really  tough that was a good idea to hide alcohol in our fridge!) after this was the Rum, and more Whisky, and More Whisky and Beer, but at this time we´re almost 15 in the rooftop and Mr. Samra (with reason) asked us to come downstairs and gave me a bottle of whisky new. If you find that being diplomatic never have good results you´re totally wrong. We´re almost 20 at this time and who know my house know that our living room was just too small to more than 19 persons! But it was in this rhythm (and that´s the most difficult word of modern english to write) that we heard some music (Ska, of course) and just had nice conversation, until... suddenly the music just stopped, the lights was off, and I really spoke very light... "where´s the music" and again I was surprised with "Happ b-day to you, happy B-day to you.. Happy B-day dear Gustavo (and This is problaby the worst name to sing this music because everyone sang this in a diferent time) happy B-day to you. Amazing cake and just guess who was the first one to try! My face... Again! I earn some presents also for my friends, a Hindi T- Shirt that means "Free-ride only to beautiful (MUST) ladies and a draw of a Bike (And I guess this make some sense since I´m about to buy a second hand scooter) and Jose was with a square box (hum, this of course is wrong!) and I said exactly what I always say to non round packs, "It´s a Ball".. And you don´t guess! JABULAAANI! Yeah, for the first time in my life I was correct! Mariano also gave me a medal with Winner word in and it was I felt that night.
Trojans Horse?

Preets Evil Laughting (BWAHAHAHAHA)

I just drunk coffee this day'

And Again And Again And Again

What the hell I'm doing??

Let's just throw Gutcha in the Fan..

Pictures of everyone and just about this time Dippin arrived and eat some cake and Mr. Samra came to ask us to reduce the sounds, the good thing is that I already had a B-Plan! Yeah, I am the luckiest guy ever.

Hungarian, Greek-Kiss (If you don't understood the joke just call me)
In the friday for some reason I was at Panchicula 17 when Dippin for some reason said that he knows a farm where we can do party all night. Just perfect, and the best thing, the farm is five minutes by car from my home. Just PERFECT. Five cars then went to the first Full-Moon Party in a Farm of Chandigarh. It was really a farm, some open space where we parked our cars, put some music and light of the cars to illuminate the night.

More people just came and the party entered in the night, drinking, dancing, and having loads of fun, amazing sensation. It was a moment that I felt just the luckiest guys ever, such crazy good party there with more than 10 countries and more than 25 friends just dancing and enjoying.

It was only one when started to rain, and even the rain came in the perfect moment because everyone went to the cars and came back to their own homes just drunk enough and thinking in the amazing party that we had with the sensation that everyone wants more. Just arriving home Janka gave me my last present of the night.. a Rubik Cube, yeah, the torture weapon of the Hungarians (joking =). Just to tired to read all the facebook posts, wrote in my wall of facebook a totally wrong (grammatical) message, that was the best B-day party ever, and those who went just will understand what I said. Epic!

Sleeping very well that night in Nora´s bed (sorry Nora) just feeling myself very very extremely happy and well. Strange Dream but no worries, best party ever and this include all that just wrote in my wall and make myself the happiest guy in the world that Day!

List of guests: I, José (Brazil), Janka (Hungary), Cathy (German), Natasha (Russia), Nora (German), Preet (India), Bibiana (Brazil), Cata (German), Iliada (Greece), Natalia (Colombia), Laura (Nigeria), Chelsea (USA), Mato (Eslovaquia), Mariano (Bulgaria), Nasser (Djibouti), Miguelito (Peru), Karan (India), Amit (India), Pankuri (India), Dipin (India), Dipin (India) & Anna (Kazakhstan), Sachin (India), Sachin´s friend (I suck with names) (India), Kunal (India), Kunal´s friends (India) (2), Chris (German but I really suspect he´s Brazilian) and sorry if I forgot someone but my memory yesterday was with some problem (Only yesterday hahahaha).

Good picture is the one that you don't have any idea what's really happening'
Really Thank you all guys for the amazing B-day party I had.
Thank you all the guys from Brazil that remembered my B-day and Thank you for the Full-Moon. Really Thank you Full-Moon.

Gustavo Katz or only Gutcha, Into the Ganges!
PS> Happiest guy ever...
Sexy Bibiana!
Yeah, WORST jump picture ever hahahaha

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cricket

Caros leitos, após inúmeras tentativas de escrever um tópico que falasse sobre Cricket, eu finalmente consegui resumir todas as coisas na frase abaixo:

Cricket é provavelmente o jogo mais entediante que existe, no universo! Se vocêe está curioso sobre cricket, procure no google, ele pode te ajudar a entender mais sobre o assunto.

Tendo dito isso vou dissertar sobre a copa do mundo de Cricket, como qualquer comemoração esportiva realizada mundialmente, as pessoas assistiram ao jogo (que durou seis horas) e depois saíram as ruas para comemorar. O ponto é que se a Índia ganhasse a copa do mundo de comer tortas ou de qualquer outra coisas creio eu que a comemoração seria no mínimo igual ou ainda mais fervorosa.

Repercussões sobre o assunto:
  • A comemoração da Vitória Indiana sobre o Sri Lanka foi provavelmente o dia que se usou menos buzinas nas ruas, estranho? Eu sei!
  • No dia seguinte todo mundo dormiu até no minimo meio dia!
  • A semana seguinte você podia pedir o que quisesse para seu chefe.
E isso é tudo que eu tenho para dizer sobre o assunto =) e como nem tudo são flores, isso é algo da Índia (nossa, olha o trocadilho!) que eu não gosto.
Voltem que garanto um próximo tópico visivelmente melhor que esse!

Beijos e abraços
Gutcha!



quinta-feira, 7 de abril de 2011

As festas de Chandigarh! ou, O clube dos apaixonados por Whisky com Coca

Amigos, amigas... amigos de um modo geral, hoje é dia de video-post!
Espero que desfrutem!








Agradecidissimo!
Gutcha no Ganga!


domingo, 27 de março de 2011

Insanidade colorida / Insanidade Índiana

Caros leitores que acompanham meu blog, chegamos aos mais de 1000 views! Se isso é sinal de sucesso de um blog de viagem eu não sei, mas agradeço profundamente aos que entram e que apoiam o blog e que cobram atualizações, isso só me motiva a escrever mais. Peço ainda desculpas por não postar com mais frequência, a minha rotina de escrever no trabalho já não existe mais, como todos sabem a frase "quem procura acha".. e eu procurei trabalho e agora tenho em demasia, não me sobra tempo para escrever, mas vamos parar com meias palavras e meias desculpas e escrever sobre o que realmente importa, "a alta do dolar?" me pergunta o leitor desinformado e eu respondo! "NÃO!".. é o HOLI!

O Holi para quem não sabe é uma festa religio-carnavalesca-que-marca-o-inicio-da-primavera ou de acordo com as histórias o dia em que Holina, filha de um demonio que dominava a cidade de Vindravan, foi queimada por tentar colocar seu irmão menor, já então seguidor de Krishna no fogo eterno, é mais uma história da vitória do bem contra o mal. Importante saber como eles comemoram isso aqui, a festa é também conhecida como festa das cores, aonde todos compram cores e jogam uns nos outros e/ou passam educadamente no rosto das outras pessoas. Vrindravan é de acordo com a história o local de nascimento de Krishna e o local aonde Holina foi queimada, possui então o mais louco e fervoroso Holi de todos, se os é assim para os Índianos, imagina para extrangeiros.
Nem o Google manja!

Acordamos cedo no dia 17, simplesmente abri o olho e o Dennis nos falava, daqui a dez minutos todos prontos para partirmos, o plano era deixarmos as malas no quarto dele que iria ficar mais um dia na cidade pois desejava conhecer o Taj e depois seguir viajando, vantagem, não precisaríamos levar no ônibus as coisas e teríamos aonde nos banharmos após a volta, o problema é que o motorista não tinha sido avisado do plano, não queria voltar para Agra e perder duas horas de viagem a toa, então após muita discussão todas as nossas coisas foram colocadas no micro ônibus e partimos não seis como planejado, mas sete da manhã, duas horas de viagem as quais tentei dormir novamente sem sucesso, não sei se era falta de sono mas com certeza sentia uma certa apreensão do que iríamos vivenciar lá.

Quando nos aproximávamos de Vrindravan começamos a perceber pela janela de nosso ônibus que o buraco lá é mais em baixo, não eram nem nove horas e já víamos centenas de pessoas sujas. Quando saímos do ônibus parecíamos celebridades, primeiro, éramos os únicos estrangeiros que a cidade via em alguns dias e segundo, todos os indianos adolescentes (de Vindravan) tentam de alguma maneira tirar uma casquinha, a aproximação é sempre a mesma, "passa no cabelo dela, passa no rostinho dela, passa no pescoço dela... desce mais um pouquinho". Mas vou comentar que não são todos assim, existem grupos e grupos, é como a criança que deixa a mão na frente do corpo pra tentar tirar uma casquinha da professora de educação física ou natação e os adolescente com seus hormônios estourando, sei que é errado mas não vamos culpa-los, era Holi, esse dia se pode fazer quase o que quiser.
Isso eu chamo de vestir a camisa! (ou tira-la)

(Gutcha nesse momento abre uma King Fisher Strong, precisa de um pouco de inspiração líquida hahaha)

Holi parte um! O Holi sentido templo!

O plano era andar até o templo e quando lá chegássemos tudo seria melhor, há, se isso fosse verdade! O caminho para o templo (cujo Karan não sabia aonde era inicialmente) passava pelas estreitas ruelas da cidade sagrada, as ruelas continham centenas de pessoas nessa grande brincadeira, comemoração, que é o Holi, todos munidos de suas cores verde, amarela, rosa e magenta, águas coloridas jogadas de cima dos prédios e agua do esgoto jogada em baixo dos prédios, nesse dia, tudo é permitido de se jogar, e para os indianos, tudo é permitido para fazer, não importando se os outros aceitam isso ou não. Adentrando a cidade se vai ao templo, entrincheirados por prédios de quatro andares onde turistas ou não assistem a festa o que se passa dentro de nossa cabeça é uma misto de horror e felicidade, um misto de sentimentos inexplicáveis no momento e até agora. Para as meninas foi mais difícil e complicado, principalmente os baldes de agua suja e as milhares de mãos simultâneas tentando apalpa-las, exatamente por isso nossa missão era de proteger-las.
Entrincheirados!

Engraçado pensar que éramos os únicos estrangeiros na cidade e que isso explica toda a atenção que recebemos de todos. Após rajadas de pessoas, agua suja, muita festa com musica indiana nas ruelas da cidade chegamos ao templo, o lugar estava lotado, mais um detalhe que só eu percebi era a imensidão de ténis que jaziam nas escadarias do templo, não é permitido usar calçados nos templos na Índia, e centenas de barracas com as mais cheirosas e apetitosas Junk Foods que você já viu na vida, mas cuja impossibilidade de parar só tornava a vontade maior. Comida de rua sempre foi algo extremamente apetitoso pra mim, provavelmente os milhares de churrascos gregos que comi na minha vida só foram uma preparação para o que iria experimentar aqui.
Janka e o Menino!

Leitor atento, talvez esse tenha sido um dos momentos mais frustrantes da minha vida, após a luta que tivemos para chegar ao templo, decidimos não entrar, lá provavelmente estaria tão lotado que não seria possível jamais irmos e voltarmos todos juntos, a decisão foi de continuar em frente por um caminho que não fazíamos ideia se nos levaria ao nosso ônibus, mas porque não? Importante explica-los que a decisão de não entrar no templo foi ao mesmo tempo maravilhosa e frustrante, não bebemos Bangh (bebida feita com base na folha de ópio!) e não conhecemos o centro de Vindravan mas tivemos a oportunidade de vivenciar a outra parte do Holi.
Inspiração pra uma obra pos-moderna?

Holi parte II -  O Holi de "Guerrilha"

Saindo da muvuca pensamos "estamos salvos", não que eu quisesse ser salvo mas duas das meninas, alemãs (e típicas), não queriam entrar no templo de jeito nenhum e eu não as culpo, mal sabiam elas e nós que tudo passava de uma pequena ilusão, Holi é dia de loucura, Holi é dia de se sujar, Holi é dia das gangues de crianças.
Me sentindo um URUK-HAI!

Entramos em uma estrada de terra na qual vimos um lado da Índia que não se vê nas fotos, pessoas se divertindo em bares, passando tintas nos outros, conversando, dançando Bangra (dança de Panjabi Music) e curtindo o momento, muito receptivos, passaram tinta nos nossos rostos, testa e bochechas, abraços e conversa (não muita pelo Inglês) e caminhada em uma estrada de terra com dezenas de antigas construções religiosas que provavelmente não são usadas a anos e cuja idade é difícil de adivinhar, tudo parecia bem, apesar de o caminho ainda ser obscuro. Descobrimos ainda um detalhe, mesmo sendo uma rua não movimentada, as famílias abrem os portões de casa e esperam pacientemente pessoas passarem para brincar Holi como  uma espécie de gang, um ataque descoordenado a alvos moveis que querem passar pela seu local (vide: The Warriors hahaha). Agua e tinta são sua arma, e se você já jogou algum jogo como mãe da rua sabe que a pior estratégia é ser o primeiro, ainda pior que essa é ser o ultimo.

Nessas e outras eu segui a estratégia básica, andei normalmente como se nada estivesse acontecendo e não era alvo dos outros, já os outros sofreram muito com essas Gangs, o pior é que sempre que passávamos por uma e pensávamos, acabou, havia outra a frente te esperando.

Não sei quantas horas andamos mas foi extremamente divertido, garantida que uma diversão muito louca mas extremamente diferente de algo que já  havia vivenciado.

Chegamos ao nosso ônibus e nesse momento estávamos todos rosas (a união de todas as cores não é branco, é rosa! Aprendam isso!) encontramos nosso motorista lá, ele por sua vez se recusou a nos levar a Chandigarh no nosso estado, e o que fazer, procurar algum lgar para tomar banho! Agora pense banho de mangueira no Jardim de uma casa após o Holi, não é uma tarefa fácil, imagine-se agora fazendo isso com indianos doidos para ver uma gringa se arrumando, e eles fazem isso de modo extremamente engraçado, eles param e olham, ai continuam e voltam nas motos e param, ai saem e voltam, com diferenças de vinte segundos entre as tentativas, no começo de minha vida aqui eu pensei, igual os brasileiros.... não, MUITO piores que os brasileiros, não fazem idéia.

Após o pseudo-banho bem tomado e ainda com muitas cores que não saiam pegamos o onibús e vimos o Denis deixando-nos para voltar a Agra, só estava começando sua viagem. Nós voltamos a Chandigarh de ônibus, e advinha, festa novamente.
E a tinta que não sai!

Passando por Delhi três horas depois tive uma das melhores sensações de minha, a sensação de que você realizou algo na sua vida, algo extremo e que não consegue explicar, apenas mantém um sorriso bobo na cara, consigo imaginar que talvez eu estivesse apaixonado, mas não por uma pessoa, por um momento de minha vida. Cansado (exausto) voltamos para casa, o meio do caminho na parada compramos uma garrafa de Whisky (Blender´s Pride) e Pepsi e voltamos ao ônibus, nesse meio tempo fiz amizade com o motorista que mesmo sem falar inglês me disse boa noite (EM PORTUGUÊS!) quando chegamos ao nosso humilde lar.

Iliada comentou ainda com Marta minha incrível capacidade de fazer amigos nas seguintes palavras "Como é capaz de você conseguir fazer amizade com qualquer um?" e eu lembrei de algo que o Urso (Rodrigo Yamawaki) me disse quando voltei do Jamboree da Argentina. Você pode simplesmente jogar o Gutcha em um buraco com mais duas pessoas por dois dias e no final dos dois dias eles serão grandes amigos e terão rido muito. Acho que em partes isso é verdade.

Missão cumprida, ter um dos fim de semana mais loucos e incríveis de minha vida, parte da experiência na Índia, parte da minha vida e agora um pouco da de vocês.Difícil ainda agora ver as imagens e acreditar que aconteceu, ainda as vezes nem acredito que estou na Índia esperando esse sonho acabar e eu acordar atrasado pro trabalho.

Espero que tenham apreciado (aos que chegaram ao fim desse longo post escrito ao som de pennywise, offspring, goldfinger e sublime) ler um pouco do que foi meu Holi, obviamente tem sensações inexplicáveis e íncriveis, mas se vocês estão se apaixonando pela Índia assim como eu só peço que voltem, semana que vêm tem posts novos e um pouco mais rotineiros mas ainda assim íncriveis.

Aos que apreciaram as fotos, o fotógrafo se chama Martin Nemcek da Eslováquia e se quiserem deixem uma mensagem para ele no facebook apreciando as fotos que aqui estão.

Beijos a todos... beijos a mim mesmo, beijos a vocês todos, seus lindos!
Gu-gu-gu-tcha-tcha-tcha!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Chandigarh => Agra / Into the Taj!

Caros leitores, vou pular duas festas que tivemos aqui para um assunto muito mais interessante para mim e com certeza para vocês, talvez eu volte a falar dessas festas no futuro (quando não tiver mais assunto hahaha) mas eu ainda não posso prometer nada a vocês.

No ultimo fim de semana eu e mais 13 viajamos para o que seria um dos fins de semana mais loucos de minha vida, mas como em um filme de terror, vou dividir esse tópico em dois, o primeiro post dará dicas importantes sobre o mistério por trás do que irá acontecer ao próximo tópico assim como informações e aviso aos protagonistas que só serão entendidos no climax do filme, ou seja, o segundo post.
Parafraseando Denis: Se você olha a definição de épico no dicionário provavelmente encontrará, 13 estrangeiros no Holi de Vindravan.

Durante a semana que antecedeu o evento, pedimos o dia da segunda livre pois sabiamos que a viagem (como sempre é) seria exaustante e por esse motivo segunda-feira iriamos dormir e descansar. Muitos do trabalho ficaram impressionados quando descobriram que de fato viajariamos para Vindravan durante o Holi, a festa que comemora o inicio da primavera, a festa das cores, mas isso é história para o segundo post.

Rumamos eu, Marta, Janka e Natasha sentido ao setor 48 para encontrar lá as pessoas que iriam na nossa jornada conosco, alugamos um micro-onibus, vulgo Party-Bus, vulgo Massala-Bus, algumas garrafas de Whisky (pois o daqui é bom e barato), algumas garrafas de Pepsi Party Pack (2l e um pouco) e alguns copos de plastico e partimos sentido Agra. As musicas das mais ecléticas fizeram a noite, Martin foi nosso DJ e de tempos em tempos perguntava "Quem está acordado?" e a cada hora menos eram as respostas de "Eu" até que todos dormimos, com excessão do motorista, afinal, esse não era o taxi da morte.

Chegamos cedo ao hotel e acabados da noite e com nossas roupas banhadas de whisky finalmente tivemos a oportunidade de tomar um bom café da manhã e dormir em um ótimo mas caro quarto. Existiam dois passeio diferentes, a (como diria o Silvio Santos) "Caravana do Taj Mahal" e a "Caravana de Fatehpur Sikri". Por motivos pessoais acabei optando pela caravana do Taj Mahal, mas era muito cedo e o dia não parecia muito promissor para nós, estava nublado simplesmente. Decidimos então na parte da manhã visitar o "Agra Fort", local aonde vivia o rei que construiu o Taj Mahal. Para começar o passei pegamos um Tuk-Tuk que levou 10 pessoas dentro ao local desejado, nesse meio tempo Mariano, da Bugaria, começou a ser xavecado pelo motorista, suspeito que era tudo brincadeira, mas não coloco minha mão no fogo por isso.

Atravessamos a rua e nos deparamos com a primeira horda do dia dos vendedores ambulantes, nessa cidade e pelo fato dela ser altamente turistica os vendedores não aceitam um não como resposta, mesmo quando você já disse não mais de 30 vezes. O poder da insistencia, será que isso é estudado em marketing? O forte é sensacional e majestoso, um grande meio de demonstrar poder e ainda se sentir seguro dentro. Salas que levam a outras salas e escadas que levam a outras escadas e que levam a jardins que levam a outros jardins, o lugar é mesmo muito bonito mas o que me impressionou no local era os tipos de turistas que lá estavam:

  • Americanos, usando shorts caque até mais ou menos o meio da coxa, botas com meias até mais da metade da canela e camisas de "explorador" além daquele bonezinho feio pra caramba, não é difícil saber que é americano, os sintomas indicam a nacionalidade.
  • Chineses, o mais incrível é que nem todos mas quatro principalmente eram chinesas e estavam andando com roubas Hindi super bonitas e super caras, além do sinal na testa, típico sinal de "turismo".
  • Mochileiros europeus, esses normalmente carregam câmeras grandes e roupas sujas e surradas mostram que estão apenas de passagem, e
  • AIESECos, andando em bando como hienas (pelas risadas obviamente) e demonstrando toda sua felicidade em " Jumping Pictures", não é difícil distingui-los dos outros viajantes, esses obviamente entendem algumas coisas em hindi mas não tem a capacidade de se comunicar com o povo local e evitar vendedores ambulantes.
O forte é obviamente era muito grande e demoramos duas horas até nos cansarmos dele e decidirmos ir almoçar para então visitarmos o Taj Mahal após o almoço e vermos o por-do-sol lá. O almoço foi em um restaurante cujo ar condicionado seria capaz de causar criogenia e a comida broxante, serviço demorado e falta de bom senso me fizeram sentir saudades dos restaurantes japoneses. A cidade de Agra é muito suja caracterizando uma verdadeira cidade indiana e desorganizada, fica difícil imaginar que esse imenso monumento de mármore fica lá.
Capa de álbum!

Fomos andando do restaurante para a "entrada" do Taj Mahal, falo isso pois não é a entrada verdadeira, e no caminho fomos atacados pelo primeiro pó de Holi, rosa e manchante, minha camiseta sofreu quase nada, mas aos outros não posso dizer a mesma coisa, incrível que para mim as coisas simplesmente aconteceram em câmera lenta nesse momento.
Verdadeira Índia!

Passando pela porta fomos surpreendidos novamente por uma horda infindavel de vendedores, esses queriam nos vender passeio de camelo, de cavalo, de rickshaw, imãs de geladeira e muitos outros produtos. Incrível insistência deles que Mariano estava para comprar imãs com um vendedor mas no ultimo minuto
foi salvo pro Karan, nosso amigo indiano da AIESEC Chandigarh, de ser enganado, esse vendedor então ficou muito bravo e brigou com nosso amigo indiano! Quando nos aproximamos da porta fugindo de nossos "perseguidores" fomos recebidos por um "guia" que nos queria ajudar apenas por ajudar, mas ninguem aqui na Índia quer te ajudar apenas por ajudar, aprendido e observado, o cara queria 1000 rupias para ser nosso guia, e ele descreveu os serviços dele da seguinte maneira: "Eu levo vocês para dentro, mostro algumas coisas e deixo vocês livres pra explorarem." Mano, 1000 rupias pra nos mostrar algumas coisas? Por esse preço deveria nos carregar no colo, fazer cafuné, café com biscoitos, nos cobrir quando deitassemos, massagem nos pés, massagem nas costas e guarda-costas.

A primeira coisa que você se depara quando entra no Taj é...... uma grande segurança, sim, você passa por detectores de metal, guardas para saber se você leva armas, ou coisas desrespeitosas, cigarros e outras coisas. Você ainda ganha saquinhos para colocar nos pés para entrar no Taj Mahal. Depois de esperar Mariano e Karan que guardavam seus CHICOTES (eles compraram chicotes, Karan pagou 50 rupias no seu, Mariano só pagou 100 em uma negociação que começou nos 2000, vantagens de ser um indiano na Índia) e Denis (o russo) seus cigarros. Quando todos estávamos juntos finalmente começamos a adentrar a morada da mulher favorita de Shah Jahan, tudo começa com um grande jardim que leva a um grande e escuro portal, de lá você começa a ver as primeiras imagens do Taj como ele é, imenso, majestoso, branco e dominando todo o ambiente, tudo é muito bonito e bem feito, tudo é verde, todas as construções perfeitas e as coisas são sensacionais. O mais interessante é que não parece realmente Agra, na verdade parece que você está em outro planeta devido as tamanhas diferenças.
Eu e o Mariano, brother!!!

Entramos, o cenário mudo e as pessoas também, já se podia notar todas as diferenças nacionalidades! Os japoneses com suas idéias malucas e que não fazem o menor sentido (quer saber do que estou falando, google Tenga Egg e vai entender melhor), brasileiros, barulhentos, barraqueiros e super divertidos, australianos com seus modelitos característicos e seus cabelos dreads loiros entre outros. Vale lembrar que estamos em um país sem país, é como Machu Picchu, passa as barreiras de país, mas sem comparação com a cidade incaica.

Uma coisa ótima aconteceu, quando passamos pelo grande portal, o tempo que estava nublado simplesmente abriu-se atrás do Taj Mahal, como se estivesse só nos esperando para aparecer, foi uma ótima sensação.Tiramos uma infinidade de fotos e afinal começamos a aproveitar após isso, o importante são as lembranças e não as imagens, as imagens só são importantes para provar pros outros que estivemos lá de verdade hahaha horas depois de nos maravilharmos com imagens super diferentes e alguma frustração por parte dos outros quanto a dentro do Taj Mahal (eu realmente gostei, é possível ouvir cada respiração naquele lugar pacifico), interessante é saber que cada país tem uma reação diferente ao lugar, enquanto eu tive uma boa reação, afinal é uma obra de amor, Natalia a russa chorou no local pensando nos trabalhadores que lá estiveram, cujas mãos foram cortadas para que nunca repetissem o feito.
Martin, em frente ao Taj!

Quando estava ficando escuro começamos a sair e no caminho encontrei e conheci uma conterrânea de São Paulo que estava visitando a Índia por seis dias e infelizmente não ia ficar para o Holi. Quando saímos encontramos Mariano conversando com nada mais nada menos, o insistente vendedor de imãs, parece brincadeira mas ele ainda tentava vender a Mariano um presente. Outro fato interessante é que eu descobri uma tática para eles entenderem o não, você apenas tem que dizer não em Hindi, mas não em hindi normal.. um nãããããããããããão, ou em Hindi, Neeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei!

Voltamos ao hotel cansados e durante o jantar começaram algumas conversas sobre se seria seguro irmos a Vindravan ou não, o nosso motorista, dono do hotel, meu chefe, todo mundo disse que coisas acontecem naquele lugar e que seriamos loucos de ir lá. Noticias como, 22 morrem em Vindravan ou, você morrerá se for para Vindravan eram temas da conversa, ficou decidido que por ser mais seguro iriamos as 6 para lá, isso depois de decidirmos ir lá depois das 4, 5 e 7. Nada decidido, tudo resolvido, era seis horas.
Ótimo momento de descontração

Aquele dia após o banho não consegui dormir mais, pegamos o final do ultimo Whisky e como todo brasileiro que não segue todas as regras subi para o telhado que estava destrancado. A lua aquele dia estava maravilhosa, seria o dia dela mais perto da terra, e como a cidade é pequena as estrelas estavam radiantes.

Fui dormir e mal fechei os olhos já os abri de novo, era cinco horas, momento de partir para Vindravan, momento de ir para um dos dias mais loucos da minha vida, momento de mudar paradigmas, momento de curtir o Holi no local aonde o Holi é mais louco na Índia, momento de sofrer uma experiência unica e momento de... bom, vocês verão.

Me despeço agora dos leitores com as ultimas palavras:
Não percam no próximo post, Holi em Vindravan! e
See Ya!
Gutchaska! Para poucos!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Post extra-ordinário / Rotina de trabalho

Bom dia leitores! O post a seguir estou chamando de extra-ordinário, aí você leitor se pergunta.. “mas porque extra-ordinário Gutcha?” e eu respondo... Porque ele não acompanha a ordem dos outros posts, ele é um pouco como eu! [APLAUSOS!] Sim, nesse post falarei um pouco mais do meu trabalho, como é assumir um cargo de liderança em uma empresa na India e toda a rotina que tenho aqui no trabalho.

Todos os dias começam iguais, comigo dormindo... a maioria dos dias acontece igual, alguém entra no meu quarto e simplesmente avisa para “um Gustavo” (meu nome de trabalho ahahha) quasi-acordado. “O tuk-tuk (nome turístico para auto-rickshaw) está aqui!” isso me concede cinco a dez minutos para me trocar, escovar os dentes, desodorizar-me e descer as escadas passando pela porta da casa e subitamente o portão. Os cinco entramos então no Tuk-Tuk, que demora de cinco a dez minutos para chegar ao seu destino, o conjunto comercial ao lado do DT MALL, a entrada mais perto do nosso prédio “é a de la”, o nosso tuk-tuk nos deixa lá e atravessamos o portão.

Aqui em Chandigarh, praticamente todos os estabelecimentos grandes tem detectores de metal na porta e guardas munidos de mais detectores (talvez isso aconteça pela proximidade com o Paquistão), sempre na porta a guarda nos pede para mostrar os nossos Gate-Passes, o caso é que parece sermos os únicos gringos trabalhando aqui e ela nos vê todo, santo, dia, realmente não sei porque ainda me surpreendo com a sua insistência, talvez seja porque nunca mostramos mesmo.

Andamos mais dois minutos, subimos de elevador (os elevadores aqui possuem musicas diferentes, tem um que sempre toca a musica do titanic e um que sempre toca Panjab Music e ainda um ultimo que toca musica clássica) até o terceiro andar (o mais alto).  Andamos pelo corredor até nosso escritorio, o local é fechado e tem ar condicionado. Não possui janelas (com excessão das salas dos diretores) e possui uma pequena “cozinha” que só possui alguns pratos, meia duzia de colheres, uma pia que nao fecha direito e uma cafeteira. O cheiro de café lá e tão “intoxicante” que agora até eu que nunca tomei cafe na vida, estou me viciando em capuccino, com açucar (a piada da vez é que na verdade o açúcar refinado  (pois aqui eles usam normalmente uma espécie de açucar-grosso) não é açucar!), claro. Passando pelo guarda sempre assinamos a hora de chegada (normalmente até seis minutos atrasados) e nossa assinatura no espaço reservado aos nossos nomes, copiados errados, um dia apos o outro, é exatamente como tirar uma xerox de uma xerox, por seis meses. Hoje mesmo meu nome estava escrito
 “Gustako”!

A primeira meia hora do dia segue um ritmo lento, ler (e responder) e-mails, ler o twitter (e twittar), ler o facebook (e, ver o que acontece de novo, mandar mensagens), entrar no skype e pensar nas coisas do dia. Como possuo um cargo de gerencia (gerente de projetos) aqui, minha vida e um pouco (muito) menos atarefada que a das meninas (Janka e Natalia trabalhando para a Miracle Studios e, Nora e Cathy para Miracle Technologies comigo). As vezes isso se mostra muito ruim pois tudo que eu quero as vezes é trabalhar, trabalhar e trabalhar, e é difícil esperar as pessoas para assim poder fazer meu trabalho, mas acho que isso é parte do trabalho de gerente de projetos e eu preciso aprender a ter mais paciência. Como eu tenho mais tempo que as meninas acabo conseguindo escrever meu blog que depois passa por revisão em casa pois esse teclado não possui alguns caracteres que eu preciso, responder meus e-mails pessoais. Na maior, as tarefas do meu dia são, participar de reuniões de equipe, administrar projetos e tarefas, e quando chega de noite ligar para meus clientes e prospectar novos clientes através de e-mail marketing e Cold Calls, mas nem tudo são flores, tudo isso foi obviamente estudado, refletido e planejado, por mim. Começa a entender a diferença entre ser um Maker e ser um Thinker.

Aqui sempre temos duas opções para o almoço, pedir um Tiffin e então eles trazem comida aqui por Rs. 35 (R$ 1.29 aproximadamente) e ir ao Shopping ao lado. No shopping se tem a opção de comidas diversificadas e aqui a comida sempre parece a mesma. Na hora do almoço temos que correr para pegarmos colheres ou se não elas acabam, agora usando o papel alumínio do Tiffin que embrulha o Chapati (Parecido com pão Sírio) eu estou manufaturando colheres, e o melhor, estou ficando realmente bom nisso! No shopping você pode comer um Subway por Rs. 80 (R$2,95) mas infelizmente eles não tem o melhor sabor aqui, quinta-feira, almondegas. Após o almoço antes as meninas saiam para fumar, mas agora que a Gabi foi embora (=[) a Nora decidiu parar de fumar então nós simplesmente ficamos sentados na grama aproveitando o sol, já que não vemos muito disso durante o dia. Ontem rolou a comparação do nosso banho de sol com o que os presos tem na cadeia, muito reconfortante.
Normalmente comemos o Tiffin na sala de reuniões que na verdade é o deposito da empresa pois as reuniões são feitas nas salas dos diretores. Dividimos quatro Tiffins em cinco e sempre tenho a oportunidade de levar um pouco de Chapati para casa aonde o como como Cheese Spreadz, já que queijo queijo, a gente não encontra. Outro dia estavamos comentos, os intercambistas e um dos chefes, Raj, passou e nos chamou de “Racistas”... claro, uma filipina, duas alemãs, um brasileiro, uma húngara e uma russa, Viva a nação AIESECa hahahaha.
Meu espaço de trabalho as 19hrs, deserto...

Normalmente no fim da noite quando todos estão se preparando para sair eu estou trabalhando, usando o Skype para entrar em contato com nossos clientes ai do outro lado do mundo (8h30 de diferença). Encontro alguns amigos no Facebook e Twitto algo. Saio por volta de 15 minutos depois que o comum e espero que as meninas tenham me esperado. Pegamos o auto-rickshaw para casa e dai pra frente vocês já devem imaginar, cozinhar, comer e usar o computados, pra mim.. só escrever, ler e usar o Ipod Touch, não é muito mas quebra o galho =).

Basicamente todo dia é assim, alguns mais e outros menos, todo dia aprendo uma palavra nova e a treino a fim de quem sabe um dia falar Hindi e entender filmes de Bollywood.
Beijos e abraços aos mais atarefados,
Gutcha, Gustavo ou Gustako.

terça-feira, 15 de março de 2011

Rishikesh Trip Pt. 2/ Swedish Girl!

Olá visitantes! Só para informa-los que essa é provavelmente a terceira vez que estou escrevendo esse post, todas as (duas) vezes que tentei escreve-lo algo acontece e eu sou surpreendido com meu post sendo apagado do meu blog! Salvo essa ressalva, vou começar a escrever (novamente) esse post! Espero que fique melhor que as tentativas anteriores e que vocês aproveitem.

Estávamos voltando, cansados, de nosso passeio (um tanto frustrante mas maravilhoso) pela cidade e após passarmos a ponte (e tudo era diferente da ponte pra cá) subimos por estreitas ruas agora desertas e restaurantes agora fechados ate nosso humilde hotel.

Metaxa!
O que nos esperava lá era uma garrava de Whisky Mad Dog (O velho oito da Índia), uma garrafa de METAXA (Destilado Grego) e uma garrafa de Smirnoff, isso para quatro pessoas! No caminho para acompanhar os destilados compramos ainda uma garrafa (party pack) de Pepsi e uma caixa de suco de Toranja. A minha experiência dizia que jogar sueca em quatro jogadores (principalmente no carro) é pedir pra ficar bêbado, bem bêbado, rápido, bem rápido! Creio ainda que meu entusiasmo momentâneo foi que me motivou a ensina-los a jogar Suécia , ou como chamamos Swedish Girl! Regras simples e pessoas dispostas tornaram o jogo interessante, na primeira rodada do baralho já estávamos todos bêbados gracas a regras gerais ótimas e regras individuais altamente interessantes, a segunda rodada foi pior, como estávamos já todos em um estado entre a insanidade e a felicidade, foi diversão garantida.ç

Após passada a segunda rodada de Swedish e uma pausa para o Mariano Fumar e todos tomarmos um ar (saca a comparação) voltamos e começamos, nao nas nossas melhores condicoes a jogar um jogo Húngaro que é como Vrum com as maos. Quem perdia as maos bebia, e por ai foi até eu ter a brilhante idéia, vou ensina-los a jogar escravos de Jó, e escreve a letra e ensina a letra e tenta uma vez, duas vezes, tres vezes... trinta minutos depois estávamos todos familiarizados com a brincadeira mas obviamente muito cansados, entao fomos todos as nossas camas dormir, as meninas no quarto vizinho ao nosso.
Regra geral, proibido cruzar as pernas!

O dia seguinte começou lento, quase parando, e por volta das dez e meia começou a melhorar, acordamos depois de uma noite bem dormida de sono e fomos ao local aonde encontraríamos nosso instrutor de rafting (sim, se pode fazer rafting no Ganges)! Chegamos la e esperamos as meninas que tinham ido praticar Yoga de manha (heroínas pra mim) e quando elas chegaram partimos para o passeio de Rafting. Entre pegar o carro e ir ate aonde começa o passeio passamos por um ser estranho que da bençãos aos que passam por uma pequena quantia, o casa era que eu nao tinha nada.... Benção grátis! hahahahaha
O cara da Benção Grátis!

O passeio começou lento, mas e incrível o poder do rio, a primeira corredeira, chamada Montanha Russa era extremamente violenta e nosso barco quase virou, disse quase, e quando seguimos mais e perto do final nosso instrutor deu a ordem, agora vocês podem mergulhar e nadar no Ganga, o rio, cujo inicio e no himalaia, nao longe de Rishikesh estava congelante, difícil sentir a ponta dos dedos! Algumas lendas Hindus dizem que se banhar no Ganges limpa todos os seus pecados, tres minutos depois com 2 bracos a mais nao parecia isso hahaha brincadeira, o caso é que em Rishikesh o rio é realmente limpo, com certeza a piscina do Sitio do Sr. Minouro é mais suja (ou foi alguma vez que mergulhei lá).
O começo do Ganges
Paramos 10 minutos numa prainha e tiramos fotos, bem interessantes alias, e curtimos o tempo juntos. Passamos no meio da cidade de bote e voltamos para o hotel, tarde demais para tomar um banho, pegamos o carro e fomos diretamente para casa, cansados e eu, diria, um pouco doente. A viagem de volta mais tranqüila que a vinda, e a doença que nao me deixava dormir, as buzinadas, a fome, o Ipod que acabou a bateria e finalmente em casa.
Gutcha NO Ganges!

Dormir, dia seguinte acordar cedo e ir trabalhar, esta é uma rotina que realmente estou me acostumando aqui. Boas lembranças de lá, planos para voltar em um e seis meses!
Espero que tenham gostado de ler o post porque eu gostei de escreve-lo (de novo).

Beijos e abraços!
Gutcha no Ganges 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Viagem a Rishikesh Pit. 1 / Gutcha perto do Ganges

Carissimos leitores, vamos deixar uma coisa clara, eu realmente gosto de vocês! =) Segunda coisa, eu vou quebrar essa viagem em dois tópicos, um tópico ficaria extenso demais e cansativo demais de se ler, e de escrever, tirando que eu pecaria nos detalhes, nos comentários e nas piadas, então fazemos assim, prometo a vocês dois posts muito bons sobre a viagem se vocês me prometerem voltar para ler a segunda parte. Estamos combinados? Ótimo!

No ultimo tópico estávamos com ressaca pós-festa, a semana seguiu seu ritmo normal, lento, e o fim de semana se aproximava, no churrasco Iliada já perguntara para mim se gostaria de ir a Rishikesh, e mesmo não sabendo nada sobre essa cidade, achei a idéia muito boa e disse que sim, porque não?

A ressaca geral da festa de quarta também estava passando então sexta feira foi um dia produtivo e bom, comparado com quinta. Saímos do trabalho e obviamente Janka disse, “eu quero tomar uma cerveja”, e quando chegamos em casa foi exatamente isso que fizemos. Jantar com cerveja, e depois sem jantar, e após noites de sono mal dormidas iríamos para Rishikesh de taxi.
Aonde quase foram os últimos momentos da minha vida!
O táxi chegou era uma da manha, iríamos em cinco e alguém precisava ser o co-piloto, não ficar acordado, mas alguém precisava ir na frente, e acabou sendo eu. Se a gente acha as estradas brasileiras ruins, a gente não sabe o que ta falando, aqui só tem buraco, buzina e veículos, estava tão estranho que a neblina tomara conta da rua e a gente só enxergava os faróis dos carros vindo, quando eles estavam a cinco metros de distancia! O nosso motorista, um pouco insano, foi cortando os carros de madrugada nesse cenário e alguma hora eu simplesmente cai no sono. Acordei algumas vezes por causa do uso excessivo de buzinas nesse pais (ODEIO!) e dos buracos, mas umas das vezes eu abri o olho e, “Morri” foi o que pensei! O nosso motorista desviou de uma colisão frontal com um caminhão no ultimo segundo! SIM, NO ULTIMO SEGUNDO! Quando eu olhei pra trás percebi que os outros também tinham acordado e estavam todos assustados (não sei porque mas isso me lembra uma historia com o Xexel! ahahahaha) ai eu fiz a coisa mais sã possível, voltei a dormir! Ahahaha acordei ainda algumas vezes na mesma situação mas não morremos e finalmente chegamos a Rishikesh!

Vou falar um pouco sobre a cidade primeiro, Rishikesh eh a capital mundial da Yoga, cidade onde os Beatles compuseram mais de 40 musicas, muitas dos quais estão atualmente no White Album (que alguns consideram o melhor album dos Beatles) e também uma cidade muito sagrada para os Indianos, lá é um dos primeiros lugares pela qual o Ganges (Ganga) passa após nascer nas montanhas, no Himalaia para ser mais exato. A cidade foi construída ao lado do rio, nas encostas, e por essa razão possui uma arquitetura muito peculiar, um lado lembra bastante os morros do rio e o outro alguma cidade praiana. A cidade tem basicamente uma rua de cada lado do rio, duas pontes para pedestres e motos e uma infinidade de ruelas e caminhos.
Rishikesh (e abaixo o Ganges!)
O Ganga!
Mal havíamos chegado a cidade e não sei se era o sono ou algo mais, mas a paz do local me contagiou. Todos que vivem la são muito pacíficos, todos praticam Yoga e todos estão tentando te vender algo/ ou pedir dinheiro.
A cidade, diferente do que pensava, é muito turística! Você encontra centenas de estrangeiros nas ruas, com suas mochilas e cortes de cabelos malucos andando de la para cá.

Existem três tipos de pessoas em Rishikesh, senhoras velhas e ricas que buscam a espiritualização, mochileiros e viajantes, que estão la para conhecer o lugar e quem sabe fazer alguma Yoga e quem sabe se perder pras drogas e quem sabe achar a si mesmo (RANDOM RUSSIAN!) e os nativos (que eu vou chamar de Indianos hahaha).

Chegamos la bem cedo e encontramos o nosso hotel, o que não foi muito difícil, e partimos para tomar café da manha em uma padaria alemã sensacional, a vista do lugar era simplesmente linda e já deu pra ter uma ideia de quanto eu iria gastar ao total na viagem. “25000 reais em barras de ouro que valem mais do que dinheiro?”Nao! ahahaha
All of us!
Cinco nacionalidades diferentes


O primeiro dia estava repleto de ideias, vamos para o templo, vamos para a cachoeira, vamos marcar o rafting (SIM! Você pode fazer rafting no Ganges!), vamos receber massagem na perna. Vamos....!

Então nós fomos, andamos muito, vimos macacos altamente amistosos interagirem com os turistas, nosso amigo ate fez amizade com um deles! Andamos mais, chegamos ao templo, esse templo que fomos é famoso pela Yoga e estávamos la durante o festival internacional de Yoga, mas não parecia que tinha festival, tudo tão calmo, todos meditando! Ahahaha

Tivemos a grande ideia de ir para a cachoeira, o problema é que não fazíamos ideia de como chegar la, sabíamos a direção mas não faziamos ideia aonde era exatamente. Seguimos, seguimos, eis que encontramos o Random Russian! O russo aleatório que estava descalço, usando roubas indianas, carregando sua sacolinha de vegetais, um bastão e uma grande mala de mão (como essas de feira!), e que mal falava inglês. Como ele nao sabia aonde ir, acabou começando a seguir a gente, ai eu tive a grande ideia, afinal o cara estava sozinho carregando aquela mala toda, de ajuda-lo, foi ai que tivemos a grande ideia (coletividade) de pegar uma trilha que subia a montanha a direita, o caso eh que com certeza não estávamos indo pro caminho correto, não era o caminho da cachoeira, mas todos estávamos curiosos para saber aonde íamos parar, então fomos andando e andando e andando, e ficávamos falando coisas como, na esquina a gente para, o caso e que trilhas não tem esquinas! Hahahaha Vamos andar mais cinco minutos, e quando estávamos bem alto, decidimos voltar e o russo seguiu, a pé, sozinho e desapareceu na selva.
Pra quem quiser colher!

O dialogo com o Russo em Inglês Mais ou Menos foi assim:
“Eu sou da Rússia, de Moscou, e eu vim aqui encontrar a mim mesmo.”
“E você encontrou?”
“Sim! Estou aqui a dois meses e vou ficar mais três e aproveitar esse tempo comigo mesmo”
“Voce vai cozinhar esses vegetais?”
“Nao, vou comer eles crus porque vão me purificar para que eu possa ir.”
“Ir a onde?”
“Para o céu! Dormir no céu!!!”
....................
(Então como magica, nos olhamos uns pros outros por alguns segundos pensas (WTH?) e quando olhamos de volta, ele tinha sumido.)

Voltamos o caminho de ida e não achamos a cachoeira, mas não tem problema, já tínhamos ótima historia para contar, estávamos cansados e pensamos em fazer uma massagem nas pernas, mas advinha, era meio tarde porque havíamos subido nesse templo de 13 andares, e você tem q subir de escada, e para acessar o andar superior você tem que andar o inferior inteiro!

La aprendemos um pouco sobre a cultura Hindu, o homem não falava muito inglês mas explicou que tínhamos que tocar os sinos nas salas (e tinham umas 20 salas em cada andar mas só nos dois primeiros) para avisar aos "guardas" que estaríamos entrando na morada dos deuses. O lugar era bem bonito e descobrimos que com turistas precisávamos “pagar” para receber uma benção e um colar do lugar. Porque “pagar”? Porque o cara pede dinheiro pra doação, o quanto você quiser dar, mas ele não aceita quinze, ele fala... mais... hahahhaah sejamos apenas turistas e não pensemos em como ele roubou a nos =) é melhor.
O templo!
Por-do-sol!

A vista la de cima é sensacional, e pegamos o fim de dia, vimos o por do sol de um lugar sensacional.
Descemos, procuramos e não achamos um bom local para massagem, então jantamos e fomos para casa, simplesmente, porque para casa? FESTA! DRINKING GAMES! ESCRAVOS DE JÓ! RESSACA! hahahahaha Claro que demoramos horas ate chegar pois, viajar com mulher e foda! Ahahhaa querem ver e olhar todas as lojas! Compramos Pepsi e suco de toranja e fomos para casa.

Próximo Post!


No próximo post contarei sobre a “festa” ou “confraternizacao” no hotel! E sobre o Rafting no Ganges! Não percam! EM BREVE! SWEDISH GIRL e ESCRAVOS DE JÓ.
Aguardem!

Beijos e Abraços,
Gutcha no Ganges