domingo, 27 de março de 2011

Insanidade colorida / Insanidade Índiana

Caros leitores que acompanham meu blog, chegamos aos mais de 1000 views! Se isso é sinal de sucesso de um blog de viagem eu não sei, mas agradeço profundamente aos que entram e que apoiam o blog e que cobram atualizações, isso só me motiva a escrever mais. Peço ainda desculpas por não postar com mais frequência, a minha rotina de escrever no trabalho já não existe mais, como todos sabem a frase "quem procura acha".. e eu procurei trabalho e agora tenho em demasia, não me sobra tempo para escrever, mas vamos parar com meias palavras e meias desculpas e escrever sobre o que realmente importa, "a alta do dolar?" me pergunta o leitor desinformado e eu respondo! "NÃO!".. é o HOLI!

O Holi para quem não sabe é uma festa religio-carnavalesca-que-marca-o-inicio-da-primavera ou de acordo com as histórias o dia em que Holina, filha de um demonio que dominava a cidade de Vindravan, foi queimada por tentar colocar seu irmão menor, já então seguidor de Krishna no fogo eterno, é mais uma história da vitória do bem contra o mal. Importante saber como eles comemoram isso aqui, a festa é também conhecida como festa das cores, aonde todos compram cores e jogam uns nos outros e/ou passam educadamente no rosto das outras pessoas. Vrindravan é de acordo com a história o local de nascimento de Krishna e o local aonde Holina foi queimada, possui então o mais louco e fervoroso Holi de todos, se os é assim para os Índianos, imagina para extrangeiros.
Nem o Google manja!

Acordamos cedo no dia 17, simplesmente abri o olho e o Dennis nos falava, daqui a dez minutos todos prontos para partirmos, o plano era deixarmos as malas no quarto dele que iria ficar mais um dia na cidade pois desejava conhecer o Taj e depois seguir viajando, vantagem, não precisaríamos levar no ônibus as coisas e teríamos aonde nos banharmos após a volta, o problema é que o motorista não tinha sido avisado do plano, não queria voltar para Agra e perder duas horas de viagem a toa, então após muita discussão todas as nossas coisas foram colocadas no micro ônibus e partimos não seis como planejado, mas sete da manhã, duas horas de viagem as quais tentei dormir novamente sem sucesso, não sei se era falta de sono mas com certeza sentia uma certa apreensão do que iríamos vivenciar lá.

Quando nos aproximávamos de Vrindravan começamos a perceber pela janela de nosso ônibus que o buraco lá é mais em baixo, não eram nem nove horas e já víamos centenas de pessoas sujas. Quando saímos do ônibus parecíamos celebridades, primeiro, éramos os únicos estrangeiros que a cidade via em alguns dias e segundo, todos os indianos adolescentes (de Vindravan) tentam de alguma maneira tirar uma casquinha, a aproximação é sempre a mesma, "passa no cabelo dela, passa no rostinho dela, passa no pescoço dela... desce mais um pouquinho". Mas vou comentar que não são todos assim, existem grupos e grupos, é como a criança que deixa a mão na frente do corpo pra tentar tirar uma casquinha da professora de educação física ou natação e os adolescente com seus hormônios estourando, sei que é errado mas não vamos culpa-los, era Holi, esse dia se pode fazer quase o que quiser.
Isso eu chamo de vestir a camisa! (ou tira-la)

(Gutcha nesse momento abre uma King Fisher Strong, precisa de um pouco de inspiração líquida hahaha)

Holi parte um! O Holi sentido templo!

O plano era andar até o templo e quando lá chegássemos tudo seria melhor, há, se isso fosse verdade! O caminho para o templo (cujo Karan não sabia aonde era inicialmente) passava pelas estreitas ruelas da cidade sagrada, as ruelas continham centenas de pessoas nessa grande brincadeira, comemoração, que é o Holi, todos munidos de suas cores verde, amarela, rosa e magenta, águas coloridas jogadas de cima dos prédios e agua do esgoto jogada em baixo dos prédios, nesse dia, tudo é permitido de se jogar, e para os indianos, tudo é permitido para fazer, não importando se os outros aceitam isso ou não. Adentrando a cidade se vai ao templo, entrincheirados por prédios de quatro andares onde turistas ou não assistem a festa o que se passa dentro de nossa cabeça é uma misto de horror e felicidade, um misto de sentimentos inexplicáveis no momento e até agora. Para as meninas foi mais difícil e complicado, principalmente os baldes de agua suja e as milhares de mãos simultâneas tentando apalpa-las, exatamente por isso nossa missão era de proteger-las.
Entrincheirados!

Engraçado pensar que éramos os únicos estrangeiros na cidade e que isso explica toda a atenção que recebemos de todos. Após rajadas de pessoas, agua suja, muita festa com musica indiana nas ruelas da cidade chegamos ao templo, o lugar estava lotado, mais um detalhe que só eu percebi era a imensidão de ténis que jaziam nas escadarias do templo, não é permitido usar calçados nos templos na Índia, e centenas de barracas com as mais cheirosas e apetitosas Junk Foods que você já viu na vida, mas cuja impossibilidade de parar só tornava a vontade maior. Comida de rua sempre foi algo extremamente apetitoso pra mim, provavelmente os milhares de churrascos gregos que comi na minha vida só foram uma preparação para o que iria experimentar aqui.
Janka e o Menino!

Leitor atento, talvez esse tenha sido um dos momentos mais frustrantes da minha vida, após a luta que tivemos para chegar ao templo, decidimos não entrar, lá provavelmente estaria tão lotado que não seria possível jamais irmos e voltarmos todos juntos, a decisão foi de continuar em frente por um caminho que não fazíamos ideia se nos levaria ao nosso ônibus, mas porque não? Importante explica-los que a decisão de não entrar no templo foi ao mesmo tempo maravilhosa e frustrante, não bebemos Bangh (bebida feita com base na folha de ópio!) e não conhecemos o centro de Vindravan mas tivemos a oportunidade de vivenciar a outra parte do Holi.
Inspiração pra uma obra pos-moderna?

Holi parte II -  O Holi de "Guerrilha"

Saindo da muvuca pensamos "estamos salvos", não que eu quisesse ser salvo mas duas das meninas, alemãs (e típicas), não queriam entrar no templo de jeito nenhum e eu não as culpo, mal sabiam elas e nós que tudo passava de uma pequena ilusão, Holi é dia de loucura, Holi é dia de se sujar, Holi é dia das gangues de crianças.
Me sentindo um URUK-HAI!

Entramos em uma estrada de terra na qual vimos um lado da Índia que não se vê nas fotos, pessoas se divertindo em bares, passando tintas nos outros, conversando, dançando Bangra (dança de Panjabi Music) e curtindo o momento, muito receptivos, passaram tinta nos nossos rostos, testa e bochechas, abraços e conversa (não muita pelo Inglês) e caminhada em uma estrada de terra com dezenas de antigas construções religiosas que provavelmente não são usadas a anos e cuja idade é difícil de adivinhar, tudo parecia bem, apesar de o caminho ainda ser obscuro. Descobrimos ainda um detalhe, mesmo sendo uma rua não movimentada, as famílias abrem os portões de casa e esperam pacientemente pessoas passarem para brincar Holi como  uma espécie de gang, um ataque descoordenado a alvos moveis que querem passar pela seu local (vide: The Warriors hahaha). Agua e tinta são sua arma, e se você já jogou algum jogo como mãe da rua sabe que a pior estratégia é ser o primeiro, ainda pior que essa é ser o ultimo.

Nessas e outras eu segui a estratégia básica, andei normalmente como se nada estivesse acontecendo e não era alvo dos outros, já os outros sofreram muito com essas Gangs, o pior é que sempre que passávamos por uma e pensávamos, acabou, havia outra a frente te esperando.

Não sei quantas horas andamos mas foi extremamente divertido, garantida que uma diversão muito louca mas extremamente diferente de algo que já  havia vivenciado.

Chegamos ao nosso ônibus e nesse momento estávamos todos rosas (a união de todas as cores não é branco, é rosa! Aprendam isso!) encontramos nosso motorista lá, ele por sua vez se recusou a nos levar a Chandigarh no nosso estado, e o que fazer, procurar algum lgar para tomar banho! Agora pense banho de mangueira no Jardim de uma casa após o Holi, não é uma tarefa fácil, imagine-se agora fazendo isso com indianos doidos para ver uma gringa se arrumando, e eles fazem isso de modo extremamente engraçado, eles param e olham, ai continuam e voltam nas motos e param, ai saem e voltam, com diferenças de vinte segundos entre as tentativas, no começo de minha vida aqui eu pensei, igual os brasileiros.... não, MUITO piores que os brasileiros, não fazem idéia.

Após o pseudo-banho bem tomado e ainda com muitas cores que não saiam pegamos o onibús e vimos o Denis deixando-nos para voltar a Agra, só estava começando sua viagem. Nós voltamos a Chandigarh de ônibus, e advinha, festa novamente.
E a tinta que não sai!

Passando por Delhi três horas depois tive uma das melhores sensações de minha, a sensação de que você realizou algo na sua vida, algo extremo e que não consegue explicar, apenas mantém um sorriso bobo na cara, consigo imaginar que talvez eu estivesse apaixonado, mas não por uma pessoa, por um momento de minha vida. Cansado (exausto) voltamos para casa, o meio do caminho na parada compramos uma garrafa de Whisky (Blender´s Pride) e Pepsi e voltamos ao ônibus, nesse meio tempo fiz amizade com o motorista que mesmo sem falar inglês me disse boa noite (EM PORTUGUÊS!) quando chegamos ao nosso humilde lar.

Iliada comentou ainda com Marta minha incrível capacidade de fazer amigos nas seguintes palavras "Como é capaz de você conseguir fazer amizade com qualquer um?" e eu lembrei de algo que o Urso (Rodrigo Yamawaki) me disse quando voltei do Jamboree da Argentina. Você pode simplesmente jogar o Gutcha em um buraco com mais duas pessoas por dois dias e no final dos dois dias eles serão grandes amigos e terão rido muito. Acho que em partes isso é verdade.

Missão cumprida, ter um dos fim de semana mais loucos e incríveis de minha vida, parte da experiência na Índia, parte da minha vida e agora um pouco da de vocês.Difícil ainda agora ver as imagens e acreditar que aconteceu, ainda as vezes nem acredito que estou na Índia esperando esse sonho acabar e eu acordar atrasado pro trabalho.

Espero que tenham apreciado (aos que chegaram ao fim desse longo post escrito ao som de pennywise, offspring, goldfinger e sublime) ler um pouco do que foi meu Holi, obviamente tem sensações inexplicáveis e íncriveis, mas se vocês estão se apaixonando pela Índia assim como eu só peço que voltem, semana que vêm tem posts novos e um pouco mais rotineiros mas ainda assim íncriveis.

Aos que apreciaram as fotos, o fotógrafo se chama Martin Nemcek da Eslováquia e se quiserem deixem uma mensagem para ele no facebook apreciando as fotos que aqui estão.

Beijos a todos... beijos a mim mesmo, beijos a vocês todos, seus lindos!
Gu-gu-gu-tcha-tcha-tcha!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Chandigarh => Agra / Into the Taj!

Caros leitores, vou pular duas festas que tivemos aqui para um assunto muito mais interessante para mim e com certeza para vocês, talvez eu volte a falar dessas festas no futuro (quando não tiver mais assunto hahaha) mas eu ainda não posso prometer nada a vocês.

No ultimo fim de semana eu e mais 13 viajamos para o que seria um dos fins de semana mais loucos de minha vida, mas como em um filme de terror, vou dividir esse tópico em dois, o primeiro post dará dicas importantes sobre o mistério por trás do que irá acontecer ao próximo tópico assim como informações e aviso aos protagonistas que só serão entendidos no climax do filme, ou seja, o segundo post.
Parafraseando Denis: Se você olha a definição de épico no dicionário provavelmente encontrará, 13 estrangeiros no Holi de Vindravan.

Durante a semana que antecedeu o evento, pedimos o dia da segunda livre pois sabiamos que a viagem (como sempre é) seria exaustante e por esse motivo segunda-feira iriamos dormir e descansar. Muitos do trabalho ficaram impressionados quando descobriram que de fato viajariamos para Vindravan durante o Holi, a festa que comemora o inicio da primavera, a festa das cores, mas isso é história para o segundo post.

Rumamos eu, Marta, Janka e Natasha sentido ao setor 48 para encontrar lá as pessoas que iriam na nossa jornada conosco, alugamos um micro-onibus, vulgo Party-Bus, vulgo Massala-Bus, algumas garrafas de Whisky (pois o daqui é bom e barato), algumas garrafas de Pepsi Party Pack (2l e um pouco) e alguns copos de plastico e partimos sentido Agra. As musicas das mais ecléticas fizeram a noite, Martin foi nosso DJ e de tempos em tempos perguntava "Quem está acordado?" e a cada hora menos eram as respostas de "Eu" até que todos dormimos, com excessão do motorista, afinal, esse não era o taxi da morte.

Chegamos cedo ao hotel e acabados da noite e com nossas roupas banhadas de whisky finalmente tivemos a oportunidade de tomar um bom café da manhã e dormir em um ótimo mas caro quarto. Existiam dois passeio diferentes, a (como diria o Silvio Santos) "Caravana do Taj Mahal" e a "Caravana de Fatehpur Sikri". Por motivos pessoais acabei optando pela caravana do Taj Mahal, mas era muito cedo e o dia não parecia muito promissor para nós, estava nublado simplesmente. Decidimos então na parte da manhã visitar o "Agra Fort", local aonde vivia o rei que construiu o Taj Mahal. Para começar o passei pegamos um Tuk-Tuk que levou 10 pessoas dentro ao local desejado, nesse meio tempo Mariano, da Bugaria, começou a ser xavecado pelo motorista, suspeito que era tudo brincadeira, mas não coloco minha mão no fogo por isso.

Atravessamos a rua e nos deparamos com a primeira horda do dia dos vendedores ambulantes, nessa cidade e pelo fato dela ser altamente turistica os vendedores não aceitam um não como resposta, mesmo quando você já disse não mais de 30 vezes. O poder da insistencia, será que isso é estudado em marketing? O forte é sensacional e majestoso, um grande meio de demonstrar poder e ainda se sentir seguro dentro. Salas que levam a outras salas e escadas que levam a outras escadas e que levam a jardins que levam a outros jardins, o lugar é mesmo muito bonito mas o que me impressionou no local era os tipos de turistas que lá estavam:

  • Americanos, usando shorts caque até mais ou menos o meio da coxa, botas com meias até mais da metade da canela e camisas de "explorador" além daquele bonezinho feio pra caramba, não é difícil saber que é americano, os sintomas indicam a nacionalidade.
  • Chineses, o mais incrível é que nem todos mas quatro principalmente eram chinesas e estavam andando com roubas Hindi super bonitas e super caras, além do sinal na testa, típico sinal de "turismo".
  • Mochileiros europeus, esses normalmente carregam câmeras grandes e roupas sujas e surradas mostram que estão apenas de passagem, e
  • AIESECos, andando em bando como hienas (pelas risadas obviamente) e demonstrando toda sua felicidade em " Jumping Pictures", não é difícil distingui-los dos outros viajantes, esses obviamente entendem algumas coisas em hindi mas não tem a capacidade de se comunicar com o povo local e evitar vendedores ambulantes.
O forte é obviamente era muito grande e demoramos duas horas até nos cansarmos dele e decidirmos ir almoçar para então visitarmos o Taj Mahal após o almoço e vermos o por-do-sol lá. O almoço foi em um restaurante cujo ar condicionado seria capaz de causar criogenia e a comida broxante, serviço demorado e falta de bom senso me fizeram sentir saudades dos restaurantes japoneses. A cidade de Agra é muito suja caracterizando uma verdadeira cidade indiana e desorganizada, fica difícil imaginar que esse imenso monumento de mármore fica lá.
Capa de álbum!

Fomos andando do restaurante para a "entrada" do Taj Mahal, falo isso pois não é a entrada verdadeira, e no caminho fomos atacados pelo primeiro pó de Holi, rosa e manchante, minha camiseta sofreu quase nada, mas aos outros não posso dizer a mesma coisa, incrível que para mim as coisas simplesmente aconteceram em câmera lenta nesse momento.
Verdadeira Índia!

Passando pela porta fomos surpreendidos novamente por uma horda infindavel de vendedores, esses queriam nos vender passeio de camelo, de cavalo, de rickshaw, imãs de geladeira e muitos outros produtos. Incrível insistência deles que Mariano estava para comprar imãs com um vendedor mas no ultimo minuto
foi salvo pro Karan, nosso amigo indiano da AIESEC Chandigarh, de ser enganado, esse vendedor então ficou muito bravo e brigou com nosso amigo indiano! Quando nos aproximamos da porta fugindo de nossos "perseguidores" fomos recebidos por um "guia" que nos queria ajudar apenas por ajudar, mas ninguem aqui na Índia quer te ajudar apenas por ajudar, aprendido e observado, o cara queria 1000 rupias para ser nosso guia, e ele descreveu os serviços dele da seguinte maneira: "Eu levo vocês para dentro, mostro algumas coisas e deixo vocês livres pra explorarem." Mano, 1000 rupias pra nos mostrar algumas coisas? Por esse preço deveria nos carregar no colo, fazer cafuné, café com biscoitos, nos cobrir quando deitassemos, massagem nos pés, massagem nas costas e guarda-costas.

A primeira coisa que você se depara quando entra no Taj é...... uma grande segurança, sim, você passa por detectores de metal, guardas para saber se você leva armas, ou coisas desrespeitosas, cigarros e outras coisas. Você ainda ganha saquinhos para colocar nos pés para entrar no Taj Mahal. Depois de esperar Mariano e Karan que guardavam seus CHICOTES (eles compraram chicotes, Karan pagou 50 rupias no seu, Mariano só pagou 100 em uma negociação que começou nos 2000, vantagens de ser um indiano na Índia) e Denis (o russo) seus cigarros. Quando todos estávamos juntos finalmente começamos a adentrar a morada da mulher favorita de Shah Jahan, tudo começa com um grande jardim que leva a um grande e escuro portal, de lá você começa a ver as primeiras imagens do Taj como ele é, imenso, majestoso, branco e dominando todo o ambiente, tudo é muito bonito e bem feito, tudo é verde, todas as construções perfeitas e as coisas são sensacionais. O mais interessante é que não parece realmente Agra, na verdade parece que você está em outro planeta devido as tamanhas diferenças.
Eu e o Mariano, brother!!!

Entramos, o cenário mudo e as pessoas também, já se podia notar todas as diferenças nacionalidades! Os japoneses com suas idéias malucas e que não fazem o menor sentido (quer saber do que estou falando, google Tenga Egg e vai entender melhor), brasileiros, barulhentos, barraqueiros e super divertidos, australianos com seus modelitos característicos e seus cabelos dreads loiros entre outros. Vale lembrar que estamos em um país sem país, é como Machu Picchu, passa as barreiras de país, mas sem comparação com a cidade incaica.

Uma coisa ótima aconteceu, quando passamos pelo grande portal, o tempo que estava nublado simplesmente abriu-se atrás do Taj Mahal, como se estivesse só nos esperando para aparecer, foi uma ótima sensação.Tiramos uma infinidade de fotos e afinal começamos a aproveitar após isso, o importante são as lembranças e não as imagens, as imagens só são importantes para provar pros outros que estivemos lá de verdade hahaha horas depois de nos maravilharmos com imagens super diferentes e alguma frustração por parte dos outros quanto a dentro do Taj Mahal (eu realmente gostei, é possível ouvir cada respiração naquele lugar pacifico), interessante é saber que cada país tem uma reação diferente ao lugar, enquanto eu tive uma boa reação, afinal é uma obra de amor, Natalia a russa chorou no local pensando nos trabalhadores que lá estiveram, cujas mãos foram cortadas para que nunca repetissem o feito.
Martin, em frente ao Taj!

Quando estava ficando escuro começamos a sair e no caminho encontrei e conheci uma conterrânea de São Paulo que estava visitando a Índia por seis dias e infelizmente não ia ficar para o Holi. Quando saímos encontramos Mariano conversando com nada mais nada menos, o insistente vendedor de imãs, parece brincadeira mas ele ainda tentava vender a Mariano um presente. Outro fato interessante é que eu descobri uma tática para eles entenderem o não, você apenas tem que dizer não em Hindi, mas não em hindi normal.. um nãããããããããããão, ou em Hindi, Neeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei!

Voltamos ao hotel cansados e durante o jantar começaram algumas conversas sobre se seria seguro irmos a Vindravan ou não, o nosso motorista, dono do hotel, meu chefe, todo mundo disse que coisas acontecem naquele lugar e que seriamos loucos de ir lá. Noticias como, 22 morrem em Vindravan ou, você morrerá se for para Vindravan eram temas da conversa, ficou decidido que por ser mais seguro iriamos as 6 para lá, isso depois de decidirmos ir lá depois das 4, 5 e 7. Nada decidido, tudo resolvido, era seis horas.
Ótimo momento de descontração

Aquele dia após o banho não consegui dormir mais, pegamos o final do ultimo Whisky e como todo brasileiro que não segue todas as regras subi para o telhado que estava destrancado. A lua aquele dia estava maravilhosa, seria o dia dela mais perto da terra, e como a cidade é pequena as estrelas estavam radiantes.

Fui dormir e mal fechei os olhos já os abri de novo, era cinco horas, momento de partir para Vindravan, momento de ir para um dos dias mais loucos da minha vida, momento de mudar paradigmas, momento de curtir o Holi no local aonde o Holi é mais louco na Índia, momento de sofrer uma experiência unica e momento de... bom, vocês verão.

Me despeço agora dos leitores com as ultimas palavras:
Não percam no próximo post, Holi em Vindravan! e
See Ya!
Gutchaska! Para poucos!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Post extra-ordinário / Rotina de trabalho

Bom dia leitores! O post a seguir estou chamando de extra-ordinário, aí você leitor se pergunta.. “mas porque extra-ordinário Gutcha?” e eu respondo... Porque ele não acompanha a ordem dos outros posts, ele é um pouco como eu! [APLAUSOS!] Sim, nesse post falarei um pouco mais do meu trabalho, como é assumir um cargo de liderança em uma empresa na India e toda a rotina que tenho aqui no trabalho.

Todos os dias começam iguais, comigo dormindo... a maioria dos dias acontece igual, alguém entra no meu quarto e simplesmente avisa para “um Gustavo” (meu nome de trabalho ahahha) quasi-acordado. “O tuk-tuk (nome turístico para auto-rickshaw) está aqui!” isso me concede cinco a dez minutos para me trocar, escovar os dentes, desodorizar-me e descer as escadas passando pela porta da casa e subitamente o portão. Os cinco entramos então no Tuk-Tuk, que demora de cinco a dez minutos para chegar ao seu destino, o conjunto comercial ao lado do DT MALL, a entrada mais perto do nosso prédio “é a de la”, o nosso tuk-tuk nos deixa lá e atravessamos o portão.

Aqui em Chandigarh, praticamente todos os estabelecimentos grandes tem detectores de metal na porta e guardas munidos de mais detectores (talvez isso aconteça pela proximidade com o Paquistão), sempre na porta a guarda nos pede para mostrar os nossos Gate-Passes, o caso é que parece sermos os únicos gringos trabalhando aqui e ela nos vê todo, santo, dia, realmente não sei porque ainda me surpreendo com a sua insistência, talvez seja porque nunca mostramos mesmo.

Andamos mais dois minutos, subimos de elevador (os elevadores aqui possuem musicas diferentes, tem um que sempre toca a musica do titanic e um que sempre toca Panjab Music e ainda um ultimo que toca musica clássica) até o terceiro andar (o mais alto).  Andamos pelo corredor até nosso escritorio, o local é fechado e tem ar condicionado. Não possui janelas (com excessão das salas dos diretores) e possui uma pequena “cozinha” que só possui alguns pratos, meia duzia de colheres, uma pia que nao fecha direito e uma cafeteira. O cheiro de café lá e tão “intoxicante” que agora até eu que nunca tomei cafe na vida, estou me viciando em capuccino, com açucar (a piada da vez é que na verdade o açúcar refinado  (pois aqui eles usam normalmente uma espécie de açucar-grosso) não é açucar!), claro. Passando pelo guarda sempre assinamos a hora de chegada (normalmente até seis minutos atrasados) e nossa assinatura no espaço reservado aos nossos nomes, copiados errados, um dia apos o outro, é exatamente como tirar uma xerox de uma xerox, por seis meses. Hoje mesmo meu nome estava escrito
 “Gustako”!

A primeira meia hora do dia segue um ritmo lento, ler (e responder) e-mails, ler o twitter (e twittar), ler o facebook (e, ver o que acontece de novo, mandar mensagens), entrar no skype e pensar nas coisas do dia. Como possuo um cargo de gerencia (gerente de projetos) aqui, minha vida e um pouco (muito) menos atarefada que a das meninas (Janka e Natalia trabalhando para a Miracle Studios e, Nora e Cathy para Miracle Technologies comigo). As vezes isso se mostra muito ruim pois tudo que eu quero as vezes é trabalhar, trabalhar e trabalhar, e é difícil esperar as pessoas para assim poder fazer meu trabalho, mas acho que isso é parte do trabalho de gerente de projetos e eu preciso aprender a ter mais paciência. Como eu tenho mais tempo que as meninas acabo conseguindo escrever meu blog que depois passa por revisão em casa pois esse teclado não possui alguns caracteres que eu preciso, responder meus e-mails pessoais. Na maior, as tarefas do meu dia são, participar de reuniões de equipe, administrar projetos e tarefas, e quando chega de noite ligar para meus clientes e prospectar novos clientes através de e-mail marketing e Cold Calls, mas nem tudo são flores, tudo isso foi obviamente estudado, refletido e planejado, por mim. Começa a entender a diferença entre ser um Maker e ser um Thinker.

Aqui sempre temos duas opções para o almoço, pedir um Tiffin e então eles trazem comida aqui por Rs. 35 (R$ 1.29 aproximadamente) e ir ao Shopping ao lado. No shopping se tem a opção de comidas diversificadas e aqui a comida sempre parece a mesma. Na hora do almoço temos que correr para pegarmos colheres ou se não elas acabam, agora usando o papel alumínio do Tiffin que embrulha o Chapati (Parecido com pão Sírio) eu estou manufaturando colheres, e o melhor, estou ficando realmente bom nisso! No shopping você pode comer um Subway por Rs. 80 (R$2,95) mas infelizmente eles não tem o melhor sabor aqui, quinta-feira, almondegas. Após o almoço antes as meninas saiam para fumar, mas agora que a Gabi foi embora (=[) a Nora decidiu parar de fumar então nós simplesmente ficamos sentados na grama aproveitando o sol, já que não vemos muito disso durante o dia. Ontem rolou a comparação do nosso banho de sol com o que os presos tem na cadeia, muito reconfortante.
Normalmente comemos o Tiffin na sala de reuniões que na verdade é o deposito da empresa pois as reuniões são feitas nas salas dos diretores. Dividimos quatro Tiffins em cinco e sempre tenho a oportunidade de levar um pouco de Chapati para casa aonde o como como Cheese Spreadz, já que queijo queijo, a gente não encontra. Outro dia estavamos comentos, os intercambistas e um dos chefes, Raj, passou e nos chamou de “Racistas”... claro, uma filipina, duas alemãs, um brasileiro, uma húngara e uma russa, Viva a nação AIESECa hahahaha.
Meu espaço de trabalho as 19hrs, deserto...

Normalmente no fim da noite quando todos estão se preparando para sair eu estou trabalhando, usando o Skype para entrar em contato com nossos clientes ai do outro lado do mundo (8h30 de diferença). Encontro alguns amigos no Facebook e Twitto algo. Saio por volta de 15 minutos depois que o comum e espero que as meninas tenham me esperado. Pegamos o auto-rickshaw para casa e dai pra frente vocês já devem imaginar, cozinhar, comer e usar o computados, pra mim.. só escrever, ler e usar o Ipod Touch, não é muito mas quebra o galho =).

Basicamente todo dia é assim, alguns mais e outros menos, todo dia aprendo uma palavra nova e a treino a fim de quem sabe um dia falar Hindi e entender filmes de Bollywood.
Beijos e abraços aos mais atarefados,
Gutcha, Gustavo ou Gustako.

terça-feira, 15 de março de 2011

Rishikesh Trip Pt. 2/ Swedish Girl!

Olá visitantes! Só para informa-los que essa é provavelmente a terceira vez que estou escrevendo esse post, todas as (duas) vezes que tentei escreve-lo algo acontece e eu sou surpreendido com meu post sendo apagado do meu blog! Salvo essa ressalva, vou começar a escrever (novamente) esse post! Espero que fique melhor que as tentativas anteriores e que vocês aproveitem.

Estávamos voltando, cansados, de nosso passeio (um tanto frustrante mas maravilhoso) pela cidade e após passarmos a ponte (e tudo era diferente da ponte pra cá) subimos por estreitas ruas agora desertas e restaurantes agora fechados ate nosso humilde hotel.

Metaxa!
O que nos esperava lá era uma garrava de Whisky Mad Dog (O velho oito da Índia), uma garrafa de METAXA (Destilado Grego) e uma garrafa de Smirnoff, isso para quatro pessoas! No caminho para acompanhar os destilados compramos ainda uma garrafa (party pack) de Pepsi e uma caixa de suco de Toranja. A minha experiência dizia que jogar sueca em quatro jogadores (principalmente no carro) é pedir pra ficar bêbado, bem bêbado, rápido, bem rápido! Creio ainda que meu entusiasmo momentâneo foi que me motivou a ensina-los a jogar Suécia , ou como chamamos Swedish Girl! Regras simples e pessoas dispostas tornaram o jogo interessante, na primeira rodada do baralho já estávamos todos bêbados gracas a regras gerais ótimas e regras individuais altamente interessantes, a segunda rodada foi pior, como estávamos já todos em um estado entre a insanidade e a felicidade, foi diversão garantida.ç

Após passada a segunda rodada de Swedish e uma pausa para o Mariano Fumar e todos tomarmos um ar (saca a comparação) voltamos e começamos, nao nas nossas melhores condicoes a jogar um jogo Húngaro que é como Vrum com as maos. Quem perdia as maos bebia, e por ai foi até eu ter a brilhante idéia, vou ensina-los a jogar escravos de Jó, e escreve a letra e ensina a letra e tenta uma vez, duas vezes, tres vezes... trinta minutos depois estávamos todos familiarizados com a brincadeira mas obviamente muito cansados, entao fomos todos as nossas camas dormir, as meninas no quarto vizinho ao nosso.
Regra geral, proibido cruzar as pernas!

O dia seguinte começou lento, quase parando, e por volta das dez e meia começou a melhorar, acordamos depois de uma noite bem dormida de sono e fomos ao local aonde encontraríamos nosso instrutor de rafting (sim, se pode fazer rafting no Ganges)! Chegamos la e esperamos as meninas que tinham ido praticar Yoga de manha (heroínas pra mim) e quando elas chegaram partimos para o passeio de Rafting. Entre pegar o carro e ir ate aonde começa o passeio passamos por um ser estranho que da bençãos aos que passam por uma pequena quantia, o casa era que eu nao tinha nada.... Benção grátis! hahahahaha
O cara da Benção Grátis!

O passeio começou lento, mas e incrível o poder do rio, a primeira corredeira, chamada Montanha Russa era extremamente violenta e nosso barco quase virou, disse quase, e quando seguimos mais e perto do final nosso instrutor deu a ordem, agora vocês podem mergulhar e nadar no Ganga, o rio, cujo inicio e no himalaia, nao longe de Rishikesh estava congelante, difícil sentir a ponta dos dedos! Algumas lendas Hindus dizem que se banhar no Ganges limpa todos os seus pecados, tres minutos depois com 2 bracos a mais nao parecia isso hahaha brincadeira, o caso é que em Rishikesh o rio é realmente limpo, com certeza a piscina do Sitio do Sr. Minouro é mais suja (ou foi alguma vez que mergulhei lá).
O começo do Ganges
Paramos 10 minutos numa prainha e tiramos fotos, bem interessantes alias, e curtimos o tempo juntos. Passamos no meio da cidade de bote e voltamos para o hotel, tarde demais para tomar um banho, pegamos o carro e fomos diretamente para casa, cansados e eu, diria, um pouco doente. A viagem de volta mais tranqüila que a vinda, e a doença que nao me deixava dormir, as buzinadas, a fome, o Ipod que acabou a bateria e finalmente em casa.
Gutcha NO Ganges!

Dormir, dia seguinte acordar cedo e ir trabalhar, esta é uma rotina que realmente estou me acostumando aqui. Boas lembranças de lá, planos para voltar em um e seis meses!
Espero que tenham gostado de ler o post porque eu gostei de escreve-lo (de novo).

Beijos e abraços!
Gutcha no Ganges 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Viagem a Rishikesh Pit. 1 / Gutcha perto do Ganges

Carissimos leitores, vamos deixar uma coisa clara, eu realmente gosto de vocês! =) Segunda coisa, eu vou quebrar essa viagem em dois tópicos, um tópico ficaria extenso demais e cansativo demais de se ler, e de escrever, tirando que eu pecaria nos detalhes, nos comentários e nas piadas, então fazemos assim, prometo a vocês dois posts muito bons sobre a viagem se vocês me prometerem voltar para ler a segunda parte. Estamos combinados? Ótimo!

No ultimo tópico estávamos com ressaca pós-festa, a semana seguiu seu ritmo normal, lento, e o fim de semana se aproximava, no churrasco Iliada já perguntara para mim se gostaria de ir a Rishikesh, e mesmo não sabendo nada sobre essa cidade, achei a idéia muito boa e disse que sim, porque não?

A ressaca geral da festa de quarta também estava passando então sexta feira foi um dia produtivo e bom, comparado com quinta. Saímos do trabalho e obviamente Janka disse, “eu quero tomar uma cerveja”, e quando chegamos em casa foi exatamente isso que fizemos. Jantar com cerveja, e depois sem jantar, e após noites de sono mal dormidas iríamos para Rishikesh de taxi.
Aonde quase foram os últimos momentos da minha vida!
O táxi chegou era uma da manha, iríamos em cinco e alguém precisava ser o co-piloto, não ficar acordado, mas alguém precisava ir na frente, e acabou sendo eu. Se a gente acha as estradas brasileiras ruins, a gente não sabe o que ta falando, aqui só tem buraco, buzina e veículos, estava tão estranho que a neblina tomara conta da rua e a gente só enxergava os faróis dos carros vindo, quando eles estavam a cinco metros de distancia! O nosso motorista, um pouco insano, foi cortando os carros de madrugada nesse cenário e alguma hora eu simplesmente cai no sono. Acordei algumas vezes por causa do uso excessivo de buzinas nesse pais (ODEIO!) e dos buracos, mas umas das vezes eu abri o olho e, “Morri” foi o que pensei! O nosso motorista desviou de uma colisão frontal com um caminhão no ultimo segundo! SIM, NO ULTIMO SEGUNDO! Quando eu olhei pra trás percebi que os outros também tinham acordado e estavam todos assustados (não sei porque mas isso me lembra uma historia com o Xexel! ahahahaha) ai eu fiz a coisa mais sã possível, voltei a dormir! Ahahaha acordei ainda algumas vezes na mesma situação mas não morremos e finalmente chegamos a Rishikesh!

Vou falar um pouco sobre a cidade primeiro, Rishikesh eh a capital mundial da Yoga, cidade onde os Beatles compuseram mais de 40 musicas, muitas dos quais estão atualmente no White Album (que alguns consideram o melhor album dos Beatles) e também uma cidade muito sagrada para os Indianos, lá é um dos primeiros lugares pela qual o Ganges (Ganga) passa após nascer nas montanhas, no Himalaia para ser mais exato. A cidade foi construída ao lado do rio, nas encostas, e por essa razão possui uma arquitetura muito peculiar, um lado lembra bastante os morros do rio e o outro alguma cidade praiana. A cidade tem basicamente uma rua de cada lado do rio, duas pontes para pedestres e motos e uma infinidade de ruelas e caminhos.
Rishikesh (e abaixo o Ganges!)
O Ganga!
Mal havíamos chegado a cidade e não sei se era o sono ou algo mais, mas a paz do local me contagiou. Todos que vivem la são muito pacíficos, todos praticam Yoga e todos estão tentando te vender algo/ ou pedir dinheiro.
A cidade, diferente do que pensava, é muito turística! Você encontra centenas de estrangeiros nas ruas, com suas mochilas e cortes de cabelos malucos andando de la para cá.

Existem três tipos de pessoas em Rishikesh, senhoras velhas e ricas que buscam a espiritualização, mochileiros e viajantes, que estão la para conhecer o lugar e quem sabe fazer alguma Yoga e quem sabe se perder pras drogas e quem sabe achar a si mesmo (RANDOM RUSSIAN!) e os nativos (que eu vou chamar de Indianos hahaha).

Chegamos la bem cedo e encontramos o nosso hotel, o que não foi muito difícil, e partimos para tomar café da manha em uma padaria alemã sensacional, a vista do lugar era simplesmente linda e já deu pra ter uma ideia de quanto eu iria gastar ao total na viagem. “25000 reais em barras de ouro que valem mais do que dinheiro?”Nao! ahahaha
All of us!
Cinco nacionalidades diferentes


O primeiro dia estava repleto de ideias, vamos para o templo, vamos para a cachoeira, vamos marcar o rafting (SIM! Você pode fazer rafting no Ganges!), vamos receber massagem na perna. Vamos....!

Então nós fomos, andamos muito, vimos macacos altamente amistosos interagirem com os turistas, nosso amigo ate fez amizade com um deles! Andamos mais, chegamos ao templo, esse templo que fomos é famoso pela Yoga e estávamos la durante o festival internacional de Yoga, mas não parecia que tinha festival, tudo tão calmo, todos meditando! Ahahaha

Tivemos a grande ideia de ir para a cachoeira, o problema é que não fazíamos ideia de como chegar la, sabíamos a direção mas não faziamos ideia aonde era exatamente. Seguimos, seguimos, eis que encontramos o Random Russian! O russo aleatório que estava descalço, usando roubas indianas, carregando sua sacolinha de vegetais, um bastão e uma grande mala de mão (como essas de feira!), e que mal falava inglês. Como ele nao sabia aonde ir, acabou começando a seguir a gente, ai eu tive a grande ideia, afinal o cara estava sozinho carregando aquela mala toda, de ajuda-lo, foi ai que tivemos a grande ideia (coletividade) de pegar uma trilha que subia a montanha a direita, o caso eh que com certeza não estávamos indo pro caminho correto, não era o caminho da cachoeira, mas todos estávamos curiosos para saber aonde íamos parar, então fomos andando e andando e andando, e ficávamos falando coisas como, na esquina a gente para, o caso e que trilhas não tem esquinas! Hahahaha Vamos andar mais cinco minutos, e quando estávamos bem alto, decidimos voltar e o russo seguiu, a pé, sozinho e desapareceu na selva.
Pra quem quiser colher!

O dialogo com o Russo em Inglês Mais ou Menos foi assim:
“Eu sou da Rússia, de Moscou, e eu vim aqui encontrar a mim mesmo.”
“E você encontrou?”
“Sim! Estou aqui a dois meses e vou ficar mais três e aproveitar esse tempo comigo mesmo”
“Voce vai cozinhar esses vegetais?”
“Nao, vou comer eles crus porque vão me purificar para que eu possa ir.”
“Ir a onde?”
“Para o céu! Dormir no céu!!!”
....................
(Então como magica, nos olhamos uns pros outros por alguns segundos pensas (WTH?) e quando olhamos de volta, ele tinha sumido.)

Voltamos o caminho de ida e não achamos a cachoeira, mas não tem problema, já tínhamos ótima historia para contar, estávamos cansados e pensamos em fazer uma massagem nas pernas, mas advinha, era meio tarde porque havíamos subido nesse templo de 13 andares, e você tem q subir de escada, e para acessar o andar superior você tem que andar o inferior inteiro!

La aprendemos um pouco sobre a cultura Hindu, o homem não falava muito inglês mas explicou que tínhamos que tocar os sinos nas salas (e tinham umas 20 salas em cada andar mas só nos dois primeiros) para avisar aos "guardas" que estaríamos entrando na morada dos deuses. O lugar era bem bonito e descobrimos que com turistas precisávamos “pagar” para receber uma benção e um colar do lugar. Porque “pagar”? Porque o cara pede dinheiro pra doação, o quanto você quiser dar, mas ele não aceita quinze, ele fala... mais... hahahhaah sejamos apenas turistas e não pensemos em como ele roubou a nos =) é melhor.
O templo!
Por-do-sol!

A vista la de cima é sensacional, e pegamos o fim de dia, vimos o por do sol de um lugar sensacional.
Descemos, procuramos e não achamos um bom local para massagem, então jantamos e fomos para casa, simplesmente, porque para casa? FESTA! DRINKING GAMES! ESCRAVOS DE JÓ! RESSACA! hahahahaha Claro que demoramos horas ate chegar pois, viajar com mulher e foda! Ahahhaa querem ver e olhar todas as lojas! Compramos Pepsi e suco de toranja e fomos para casa.

Próximo Post!


No próximo post contarei sobre a “festa” ou “confraternizacao” no hotel! E sobre o Rafting no Ganges! Não percam! EM BREVE! SWEDISH GIRL e ESCRAVOS DE JÓ.
Aguardem!

Beijos e Abraços,
Gutcha no Ganges

quarta-feira, 9 de março de 2011

Churrasco Brasileiro na India / A primeira festa de boas-vindas de Chandigarh


Caros leitores, como já havia comentado, eu e José havíamos marcado esse churrasco brasileiro na Índia, claro que não é fácil organizar uma coisa dessas (mesmo porque não tem carne de boi aqui) e porque nós dois fazemos como nove horas e meia de jornada de trabalho, mas foi assim que as coisas se desenrolaram na quarta-feira a noite.

Cheguei em casa e ele estava tomando banho, faltavam mais 40 minutos e nós nem tínhamos ido comprar a carne necessária, o que não foi um problema porque subimos em sua moto e fomos sentido ao mercado, ele ia fazer macarrão, legumes e strogonoff de frango e eu ia fazer frango e costela de porco na brasa, então o churrasco começou dessa maneira com nos dois trabalhando como doidos e os outros recebendo os visitantes. Aqui obviamente não tem carne vermelha, mas a loja de carne vende tudo muito fresco, tipo, ex-viva. E por ai foi, um porco de manha e duas galinhas na hora. 

Eu relativamente não conhecia ninguém, o que não foi problema depois de algumas doses de pinga húngara (de ameixa, presente da Janka), cervejas e copos de Whisky com Coca que me fizeram falar inglês como um especialista pois como todos sabem eu sou uma pessoa super tímida sempre.
Janka e o veneno!


Como estava trabalhando muito aquele dia não percebi qual foi a linha que eu passei, só sei que depois de um tempo eu estava realmente bêbado, José me pedia para fazer coisas pra ele fora da cozinha e mal eu saia, esquecia o que ele tinha pedido e ia conversar com outra pessoa la fora, ai eu voltava e ele perguntava, ei, e aquela coisa que eu tinha pedido pra você, e eu pensava, vou fazer agora e o ciclo viciante recomeçava, mas porque viciante? Porque toda vez que eu saia, alguém me dava algo novo e diferente pra beber e entre essas e outras, José na Cozinha e eu na Churrasqueira, ambos e todos da festa ficamos bêbados.

E toda hora a Janka (se fala Yanka) tentava nos ensinar Saúde em Magyar que é Égéshégédrér! Very Easy!!!

Não vou falar pra vocês que a carne foi o grande sucesso da festa, menos ainda que foi a comida do José (que foi bem melhor que a minha), o verdadeiro sucesso foi a festa e a brincadeira, o resto ajudou, principalmente a comida do José. Mas o churrasco foi como qualquer churrasco que se faz a noite, um pretexto pra festa, e isso a gente teve.


Olha os olhos!
Bulgaro, Holandes e Françes!

Já era tarde quando eu me cortei, um corte profundo no dedo com a faca que eu afiei (uma faca Hattori Hanzo! ahahha), obviamente estava cortando carne e conversando com alguém, algo super seguro de se fazer (principalmente bêbado!), e o sangue começou a jorrar do meu dedo como no filme Kill Bill, o caso é que não tinha nada por perto para estancar o sangue e a agua não ajudava muito, mesmo depois de lava-lo, ai eu pensei, vou usar jornal, porque não? E foi assim que eu perdi a ponta do meu indicador esquerdo... Brincadeira! Ele tá bem, obviamente higienizei muito ele, e claro que agora penso não ter sido a coisa mais prudente do mundo de se fazer, mas ele está curado! Eu acho!

Bom, nessas idas e vindas, olhamos em volta e tinha mais de 30 pessoas na festa! Estava tarde, e todos trabalhávamos no dia seguinte e fizemos a coisa mais prudente do mundo, CAVA! Fomos pra balada, antes deserta e agora lotada, só tinha nós lá e a festa foi excelente, muita gente, muita pinga e muita ressaca no dia seguinte, devia ter tirado uma foto do pessoal indo pro trabalho no dia seguinte, tenso.
CAVA!
A gente tenta entender algumas fotos!
Eu só sei que esse cara ficou feliz quando o Zidane destruiu o Brasil! Todas as vezes!

Chegamos em casa por volta das 5 e eu acabei dormindo no sofá por alguma razão! A festa obviamente um grande sucesso, ninguém sabe como voltou, mas isso não é problema, se valesse a lei do não lembro não aconteceu provavelmente eu ainda estou na balada, dormindo em algum canto! Hahahaha Será isso possível em alguma realidade alternativa?
Saca Nossa cara huahuauhauha
Fim da noite, casa, conversar um pouco, ultimas fotos e sofá!

Such a good nite! Churrasco assim, só com Pinga! Hahahaha

EGESHEGEDRER! SHAGA e SAUDE!
Beijos e abraços a todos
Gutcha!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Work Work Work / Bora negadaaaaaaaaa!!!!


PESSOAL que acompanha meu blog, hoje é um dia histórico! “Mas porque é historio gutcha?” vocês devem estar se perguntando. Porque chegamos a marca histórica dos 468 views!!! (aplausos!)

Era dia 28 quando acordei, muito muito cedo, sozinho (sem ajuda de despertadores). Olhei no meu ipod para saber que horas eram e me surpreendi, afinal eram seis da manha e eu nunca fui de acordar cedo. O que acontece e que como não estava acostumado com o fuso-horário ainda, seis horas da manha eram como se fosse 10 horas da noite no Brasil, e não é muito comum eu dormir esse horário la, ou, eu só estava ansioso.
Fiquei enrolando na cama por algumas horas, assisti os lances do jogo do palmeiras, falei com o Poring no msn, twittei, olhei o orkut, facebook e passei mais duas horas de tédio ate conseguir “acordar” de verdade.

Tomei pequeno café da manha, banho, me arrumei (troquei a camiseta na mais hahaha) pra ir pro trabalho (lugar que passarei muito tempo, aqui a jornada é de 9h30!) e peguei o Auto-rickshaw com Nora e Gabi, demoramos cinco minutos ate o trabalho (ou aqui pois isso foi digitado no trabalho), realmente moro perto do trabalho (hoje mesmo acordei meia hora antes de virmos hahaha), para quem esta acostumado das longas distancias e longas caminhadas de São Paulo, aqui é muito tranquilo.

Cheguei ao trabalho e me surpreendi com um lindo prédio, na verdade os prédios dessa região são realmente muito bonitos, modernos e tudo mais, por dentro parece como qualquer prédio com a excesso de só termos banheiros colectivos, dividimos com as outras empresas.

A primeira surpresa foi descobrir que esses dois irmãos, Amit (meu chefe) e Raj sao empreendedores de dois negócios diferentes, Miracle Technologies and Miracle Studios, respectivamente, e que os dois culpam o mesmo espaço físico, mais curioso e que apesar disso as empresas não tem nenhuma relação real!

A segunda surpresa foi descobrir que eu terei de caçar trabalho, o primeiro dia foi ócio total, li sobre outsourcing, o site da empresa, pesquisei o site de nossos concorrentes como por exemplo o Facebook, Orkut, Twitter, Gmail, Yahoo e outros ahahaha

A terceira surpresa foi a capacidade (não que eu tenha feito) de eu poder fazer virtualmente o que eu quiser, afinal, ninguém entende português! Posso falar que estou pesquisando sobre desenvolvimento ou outra coisa.

A quarta surpresa foi eu ter conhecido meu chefe, que é super gente fina e me deu apoio total para desenvolver o plano de marketing para a empresa, mas como sempre ouvi, respeito se conquista, só consegui essa liberdade depois de eu ter percebido que nos não tínhamos Missão, Visão e Valores, coisas BÁSICAS para qualquer empresa, (isso foi no segundo dia) e parece que ninguém nunca tinha ligado pra isso! Mais importante foi o poder argumentativo para convence-lo! Se você quer uma experiência com Marketing e Administração, tem que vir trabalhar na Índia!

No segundo dia tudo correu da mesma forma, eu buscando trabalho pra fazer, essas primeiras semanas é sempre igual em qualquer empresa, as próximas vou notar um descrescimo de vontade!

Tinha essa menina que sentava ao meu lado, muito estranha alias, os dois dias que eu vim, ela saiu mais cedo, depois fomos descobrir que ela fazia roubo de dados confidenciais (realmente confidenciais) e tivemos ( me sinto parte de algo!) que demiti-la. Mais curioso e que ela olhava pra mim, e eu tentando usar a cabeça e ela disse duas vezes, porque esta tão lerdo? Porr, mano.. você só rouba dados! ah, e eu estou pensando!!! hahaha

Esses dias em casa tem sido iguais, chegamos em casa, as meninas usam o Skype e eu fico lendo ou usando o Ipod Touch para acessar a internet, não e muito mas já e alguma coisa. E todos em casa são viciados no facebook com excessao da minha pessoa, o dialogo mais legal sobre isso foi:

“Ei gente, desliguem seus computadores e vão ler um livro!”
“Voce só fala isso porque não tem um notebook ainda.”

Hahahah Infelizmente eu sendo sincero isso é muito verdade! Já  fiz uma boa amizade com Marta, ela me apresentou a Charlie The Unicorn que é um vídeo muito bom na internet! Recomendo, principalmente o terceiro episódio! Estou tentando ensina-la português e ela já começa a ficar muito boa, o ruim e que eu e o José vamos ter que parar de falar besteira tão abertamente hahahha

Na terça feira, Jonka, da Hungria, se mudou para nossa casa, ela não é bonita nem nada mas é bem gente fina, de um jeito europeu e muito alcoolatra, de um jeito húngaro! (eu sei o que é isso, tenho as origens hahahaaha)

Mas a historia sobre ela não entra nesse post, quem sabe no próximo?
Estávamos nos preparando para o churrasco que seria no dia seguinte, quarta-feira, mal sabíamos o que se passaria nele. Mas todos tínhamos grandes expectativas de que seria sensacional, e foi! No próximo tópico, Churrasco Brasileiro na Índia!

Muito agradecido por todos!
Gutcha!

terça-feira, 1 de março de 2011

Devaneios em Chandigarh / Verdadeira Bollywood

No ultimo post eu havia voltado do casamento cansado e fui direto para a cama! Nada de novo so far, mal sabia eu o que me esperaria no dia seguinte, como lerão!

Já era domingo, e eu havia passado sábado todo moscando em casa, culpando esse maldito fuso-horário, que na verdade era um pouco de medo de sair de casa sozinho, e fui adiando as coisas, e adiando e depois fica de noite e fica mais "perigoso" que antes! Dai que você não sai mesmo, fica em casa, escreve no blog e joga conversa fora com quem sente saudades, mas um dia desses pra mim já é demais! Para mim pelo menos! Coisa boa que conversei bastante com o José, tomamos umas cervejas e decidimos que no dia seguinte iríamos para Panchicula socializar com a Trainee House que tem lá!

Strong!
Dormimos e novamente deu 7 horas da manhã e eu acordei sem querer, e isso está me irritando, então fiquei enrolando até a hora que José acordou, me levou para conhecer os mercados de Mani Majra, mas para falar isso vou explica-los um pouco sobre a cidade.

Chandigarh é a unica cidade planejada da Índia, e como Brasilia, cada setor tem um mercado central o que o torna auto-suficiente dos outros setores, lógicoque tem alguns setores mais importantes como o 17, 22, não lembro, que são mais para o centro da cidade, mas vou chegar nisso daqui a pouco!

Eu vivo a direita do mapa, mas Mani Majra não aparece nele!

Me apresentou o mercado central de Mani Majra e o mercado "alternativo" que fica a três minutos de casa. Compramos frutas e sucrilios e um tipo de Yogurte que eles usam para tomar café da manhã aqui, foi... normal, nada demais!

Saímos então com dois objetivos em mente:
  1. Social at Panchicula Trainee House,
  2. Comprar meu novo celular.
Fomos até Panchicula que é outra cidade próxima Chandigarh, no setor 17, lá encontramos a casa que José morou um mês, até quase congelar (você sabia que no inverno aqui chega a 0 graus?!!). Quando chegamos estavam cozinhando, nem todos estavam em casa, mas haviam três figuras características, uma mexicana de pijama, um romeno, de calça e chinelo, e camisa social e uma colombiana amiga do José. Ela nos avisou que alguns brasileiros estavam trabalhando num orfanato próximo, então, estamos fazendooo nadaaa, fomos para lá! Quando você chega, se surpreende em como as crianças são educadas e como se apegam rápido a você. 

Os dois brasileiros, Flávia, de Recife e Luis, Paulista, estavam ajudando nesse orfanato e aproveitaram para fazer um filme, com enredo, musica e tudo, com as crianças atuando! Ficou muito bom, mas mais legal foi a cara de felicidade das crianças!




Combinamos então de tomar cerveja na casa deles mais a noite, a vida social dos trainees aqui em Chandigarh é altamente ativa! Alias, amanhã por exemplo vai rolar "churrasco" aqui em casa! Detalhe, quinta todos trabalhamos! ahhahaha Ah, e que dia característico para fazer churrasco, amanhã é como um feriado religioso, então nenhum Hindu pode comer carne!

Após isso, não consegui comprar o celular mas fomos conhecer o setor 17 de Chandigarh, lá é como a Faria Lima de Chandigarh, tem todas essas lojas de roupa chique e tal, algumas marcas alias eu nem conhecia! Após isso fomos ao festival das rosas no parque das rosas, que não tinha rosas, uma pena, pensa na minha cara de tristeza agora! hahaaha Então voltamos para casa, descansamos, e saímos para o setor 17 de Panchicula encontrar essas pessoas.

As únicas rosas do festival!
O caso é que todos da casa estavam preparando suas malas! Iam todos viajar, Miguel do Peru (que por algum motivo eu chamando de Pablo) e alguns outros iam para o deserto andar de camelo, era também a despedida de Flávia (ela me segue no blog, então leiam o blog dela se quiserem, é bem legal) que voltará para Recife essa semana. Foi então assim que se desenrolou a noite, e com duas brejas eu já estava alegre, pois aqui a cerveja é forte! O mais incrível é que com essa mistura de nações você treina inglês, português, espanhol, lógica, memorização, respiração, transpiração e meditação na mesma conversa!

Chegamos em casa e dormi, afinal, o próximo dia (hoje) seria meu primeiro dia de trabalho, estava ansioso! No próximo tópico! Gutcha vai a luta! Gutcha vai a luta! Gutcha vai a luta! Inverno de 2011!

Gracias and good bye!
Gutchaska! Ou solamente Guttierez!